ETNOCENTRISMO: Tendência dos grupos ou sociedades de privilegiar a
si mesmo e à suas concepções como superiores, num contexto de interações
com coletividades de mesmo tipo: “como o nome indica, é uma idéia que
coloca determinado grupo étnico como pólo básico – ele é o centro. Os demais,
por serem diferentes, não têm relevância. Há nesse caso um confronto com a modernidade que não prescinde da ideia de diversidade", afirma Hélio Santos (2001, p.83).
IDENTIDADE: A noção de identidade é abordada por diversas áreas do
conhecimento. Portanto, podemos tratar de vários tipos de identidade. No
tocante à identidade racial ou étnica, o importante é perceber os seus processos
de construção, que podem ser lentos ou rápidos e tendem a ser duradouros.
É necessário estar atento aos elementos negativos, como os estereótipos e as situações de discriminação. Além disso, é necessário ater-se à vontade de
reconhecimento das identidades étnicas, raciais e de gênero dos indivíduos e
dos grupos.Também é preciso compreender que, no mundo contemporâneo,
os indivíduos constroem e portam várias identidades (sociais, étnicas e raciais,
de faixa etária, gênero e orientação sexual e outros).
MULTICULTURALISMO: Coexistência de várias culturas no mesmo espaço,
no mesmo país, na mesma cidade, na mesma escola. Para Gonçalves
e Silva; “embora o multiculturalismo tenha se transformado, com apoio da
mídia e das redes informais, em um fenômeno globalizado, ele teve início
em países nos quais a diversidade cultural é vista como um problema para
a construção da unidade nacional. (...) Em suma, o multiculturalismo, desde
sua origem, aparece como princípio ético que tem orientado a ação de grupos
culturalmente dominados, aos quais foi negado o direito de preservar
suas características culturais” (2001, p. 19-20). Ainda que da perspectiva do
multiculturalismo seja apresentada uma visão relativista dos valores, Capelo
pondera que “o multiculturalismo não pode abrir mão da igualdade de direito
e das necessidades compensatórias, caso contrário terá contribuído para
excluir, para separar, para fragmentar, permitindo que a dominação sobre a minoria seja ainda mais eficiente" (2003, pág. 129).
PLURALISMO: Esse termo se refere às relações sociais em que grupos
distintos em vários aspectos compartilham outros tantos aspectos de uma
cultura e um conjunto de instituições comuns. Cada grupo preserva as suas próprias origens étnicas ao perpetuar culturas específicas (ou "subculturas") na forma de igrejas, negócios, clubes e mídia. Existem dois tipos básicos de pluralismo: o cultural e o estrutural. O pluralismo cultural ocorre quando
os grupos têm reconhecidos e respeitados sua própria religião, suas visões
de mundo, seus costumes, suas atitudes e seus estilos de vida em geral, e
compartilham outros com grupos diferentes. O pluralismo estrutural ocorre
quando os grupos têm as suas próprias estruturas e instituições sociais enquanto
compartilham outras. O pluralismo, como ferramenta analítica, pretende
explicar como grupos diferentes , com diferentes "bagagens culturais", e talvez interesses distintos, podem viver juntos sem que a sua diversidade se torne motivo de conflito.