quinta-feira, maio 27, 2010

"Enem" para professor é visto com preocupação pela categoria

A ideia do Ministério da Educação (MEC) de criar um Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente está sendo vista com preocupação pela categoria. O modelo funcionará de forma semelhante ao novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): os professores farão a prova e as secretarias de educação - municipais e estaduais - poderão utilizar a nota para selecionar os profissionais que irão trabalhar na rede pública de ensino.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, a ideia é "em tese" interessante porque contribui para a formação de uma carreira nacional do magistério, antiga revindicação da categoria. Ele teme, entretanto, que o novo instrumento sirva para criar rankings nacionais de avaliação dos docentes.
"Isso é muito preocupante e nós não concordamos. Esse projeto deveria ter sido melhor discutido, ele não foi debatido como deveria", critica. Alguns estados utilizam a avaliação de desempenho de alunos e de professores para estabelecer políticas de bônus ou aumento de salário para aqueles docentes que obtêm o melhor resultado, o que os sindicatos são contra. "Os estados e municípios não podem culpar o professor por todos os problemas da educação", diz.
Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, não há intenção de criar rankings. Ele destaca ainda que as notas obtidas pelo professores não serão divulgadas o que afasta a possibilidade de classificação. "O resultado é um exame exclusivo do professor", disse à Agência Brasil. Haddad ressaltou que o exame "é endereçado a pessoas que queiram ingressar na rede, não para quem já está na rede pública", por isso não há porquê os professores que já estão atuando temerem a avaliação.
"A não ser que o professor queira mudar de rede porque, por exemplo, está insatisfeito com o seu salário. O objetivo do projeto é ampliar o horizonte do profissional. E uma prova é obrigatória para a entrada no concurso público", afirma.
Em 2011, a prova será destinada a docentes que tenham interesse em trabalhar com alunos dos primeiros anos do ensino fundamental e da educação infantil. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) será responsável pelo exame. A matriz dos conteúdos que serão cobrados na prova estará disponível para consulta pública no site do Inep ainda essa semana. Professores, universidades, estados e municípios podem opinar sobre o modelo da prova durante 45 dias. Logo depois, terá início o período de adesão das redes de ensino.
Haddad acredita que o instrumento pode ajudar a melhorar as condições salariais dos professores da rede pública. "O objetivo é aumentar o salário do professor, porque o professor bem formado vai ser disputado. Todo mundo quer atrair para sua rede os professores que tenham condição de mudar a realidade da escola pública do Brasil. Todo o projeto visa a valorização da carreira", defendeu o ministro.

27 de maio de 2010 15:03h
Agência Brasil
Fonte: notícias.terra.com.br

Conselheiros de sete países discutem futuro da educação

“A educação no nosso continente vive um momento particular; há mais intercâmbio e desejo de cooperação”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, na abertura do seminário.

Leia a notícia na íntegra:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15498

segunda-feira, maio 24, 2010

Inep abre consulta pública para exame de futuros docentes

O Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) abriu uma consulta pública que pretende subsidiar a construção da Matriz de Referência para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente.

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quinta-feira, maio 20, 2010

MEC denuncia desvio de dinheiro da educação básica

Um levantamento do Ministério da Educação (MEC) aponta que o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) deixou de receber R$ 1,2 bilhão em 2009 porque 21 estados não depositaram o total de recursos que deveria ser repassado. O fundo foi criado em 2006 e é composto por recursos provenientes de impostos e transferências arrecadados por estados e municípios. A União também responde por uma parcela desses valores.

Segundo o coordenador-geral do Fundeb, Vander Borges, o ministério não tem como saber se os recursos foram desviados ou se há uma diferença de metodologia ou mesmo erro de cálculo. Essa investigação ficará a cargo dos tribunais de conta dos respectivos estados, que já foram alertados sobre o problema.

Entre todos os estados, apenas Alagoas, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina repassaram os percentuais devidos. O ministério não sabe afirmar se Distrito Federal repassou o total esperado uma vez que o governo depositava os valores em uma conta à parte. São Paulo foi o estado com a maior diferença entre os valores que deveriam ter sido destinados ao Fundeb: R$ 660 milhões. Em seguida vem Espírito Santo (R$ 259 milhões) e Pará (R$ 153 milhões).

O aporte do governo federal ao Fundeb foi de R$ 3,2 bilhões em 2008 e R$ 5 bilhões para 2009. A partir de 2010, a contribuição da União será de 10% do total repassado por estados e municípios. Por isso, Vander alerta que se não forem aplicados todos os recursos destinados por lei ao fundo, o rombo poderá ser maior já que proporcionalmente a União também fará um repasse menor.

"A base do cálculo para o repasse da União será feito em cima do que os municípios e estados repassarem", aponta Borges. Ele explica que os recursos do Fundeb são utilizados essencialmente para remuneração dos professores. "Do total, 60% devem ser utilizados com a folha de pagamento. O resto deve ser investido no que chamamos de desenvolvimento e manutenção da educação básica. Ou seja, pode ser na reforma de uma escola, no transporte escolar", enumera.

Agência Brasil 10 de maio de 2010
www.noticiasterra.com.br

quarta-feira, maio 19, 2010

Isenção da taxa Prise / Prosel 2011 - UEPA

Foram prorrogadas até às 23h do dia 27 de maio, as solicitações para a taxa de isenção dos processos seletivos 2011 da Universidade do Estado do Pará (Uepa). Serão ofertadas 10 mil isenções, dos quais 5.500 são integrais e 4.500 parciais.

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sábado, maio 15, 2010

Raízes do Brasil

Atenção turmas do 3ºano!

Sérgio Buarque de Holanda se tornou um clássico entre os pensadores que trataram da formação histórica e cultural do Brasil. Sua obra Raízes do Brasil, ao lado de Casa-Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, e O Povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro, figura como uma das mais importantes para o entendimento da construção social do Brasil.

Holanda difere da perspectiva de autores como Freyre e Ribeiro, que enfatizam a importância da mestiçagem étnico-cultural para a configuração do povo brasileiro. Ele considera o elemento lusitano como predominante. Mesmo onde há mistura, esta teria sido devida mais a uma plasticidade portuguesa a adaptar e se adaptar a novos costumes do que a uma mescla de culturas. A seu ver toda a associação se deu com o predomínio e precedência dos colonizadores portugueses, perspectiva que diminui a grande importância dos outros elementos étnico-culturais, notadamente do aborígine nativo e do escravo africano.

O autor trabalha com dois tipos ideais de colonizador, que ele caracteriza pelas dualidades sugestivas o trabalhador e o aventureiro e o ladrilhador e o semeador. Os povos ibéricos, tanto portugueses quanto espanhóis, teriam sido, segundo Holanda, predominantemente aventureiros, ou seja, teriam feito uma colonização que primava pela exploração comercial das matérias-primas da colônia, não se preocupando tanto com o cultivo sedentário da terra que caracteriza a labuta do trabalhador. Os lusitanos teriam sido mais semeadores do que ladrilhadores, o que quer dizer que suas colônias não eram planejadas, eram de certa forma orgânicas. Diferente do projeto ladrilhador norte-americano e da América espanhola, onde se tratava de transpor a cultura da metrópole para a colônia, os portugueses se deixaram recriar sua cultura, tecnologia, arquitetura e urbanismo, adaptando-os, com improviso e com a mistura com as culturas nativas e africanas, à realidade da nova terra.

O povo brasileiro teria formado uma psicologia, em certos termos, trágica, realista, que aceita a vida como ela é, sem formar grandes ilusões nem imaginar grandes expectativas. Não haveria, assim, para esse povo, grandes motivações vocacionais no trabalho, que pode ser qualquer um, desde que traga dinheiro. Além disso, o brasileiro se caracterizaria, antes de tudo, por ser cordial, querendo isso dizer que suas relações com outros se dá pela cordialidade, sendo quase sempre pautadas pela aparência da gentileza, normalmente confundindo bons modos com boa índole. Até o intelectual brasileiro tenderia a misturar e sustentar opiniões diversas, muitas vezes contraditórias entre si, desde que pudessem se apresentar por palavras bonitas e argumentos elegantes.

Holanda equipara a colonização portuguesa, essencialmente comercial, com a colonização dos povos mediterrâneos antigos, principalmente fenicios e gregos. O autor lembra que a colônia brasileira ficou por muito tempo restrita ao litoral, e se refere ao caráter dos povos litorâneos, que, segundo ele, não se dedicam a atividades agrícolas e assim não desenvolvem costumes civilizados. Percebe-se que o teor de sua obra é elitista e eurocêntrico, beirando o racismo. Ao mesmo tempo em que louva o trabalho colonizador que trouxe a América à civilização de modelo europeu, lamenta que não tenham sido, de preferência aos ibéricos, os europeus nórdicos, notadamente os holandeses, a implantar na nova terra a modernidade. É notável que o autor se lamente do pouco caso dos portugueses e brasileiros pela autoridade e pela rigidez das hierarquias. Holanda é taxativo ao criticar o costume em que nomes de famílias nobres são adotados pelas mais diversas camadas da sociedade sem nenhum preconceito.

Fonte: http://pt.shvoong.com

Leia mais sobre Sérgio Buarque de Holanda:

Assista ao vídeo:


quarta-feira, maio 12, 2010

Sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo
Ter, 04 de Maio de 2010 13:55 Sibele Martins NOTÍCIAS - Demais Opinião - Especialista analisa as dúvidas e incertezas da construção da hidrelétrica de Belo Monte

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BELO MONTE: DÚVIDAS E INCERTEZAS NA GERAÇÃO DE ENERGIA
* Por Carlos Eduardo Sarinho Soares

Infelizmente tenho que concordar que realmente estamos chegando ao final dos tempos. Atentados terroristas, terremoto no Chile, Indonésia, Japão, etc... Vulcão em erupção na Islândia, jorrando cinzas e provocando caos aéreo por toda a Europa. Morro do Bumba desmoronando no Rio de Janeiro e a Bahia se acabando em chuvas. Nada disso assusta mais a nós brasileiros.

Porém, um outro fantasma anda rondando as nossas cabeças. Trata-se da insanidade que tomou conta dos governantes e políticos do nosso país. O mais recente acontecimento deixa muito claro que os neurônios deles entraram em curto-circuito. Trata-se da megaconstrução da usina hidrelétrica de Belo Monte, no estado do Pará. No perguntamos até agora, porque um governante em final de mandato cometeria um ato tão insano. Quais seriam os reais interesses, tendo em vista os prejuízos ambientais causados por uma obra megalomaníaca e que vai prejudicar toda a região amazônica, em troca de uma geração de energia rodeada de dúvidas e incertezas?

A coisa é tão assombrosa, que organizações sociais e de direitos humanos encaminharam à Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 1º abril, um documento que relata as ilegalidades e arbitrariedades cometidas no processo de licenciamento da usina hidrelétrica de Belo Monte. O documento assinado por mais de 100 entidades, representando mais de 40 comunidades em 11 municípios, denuncia as mais cabais violações de direitos humanos que a obra da hidrelétrica acarretará. Dentre elas, as que foram ignoradas pela diretoria do Ibama, como a falta de consulta prévia às comunidades atingidas e as fragilidades dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do empreendimento. Além disso, o documento denuncia a pressão política exercida para que as graves falhas do projeto fossem ignoradas, assim como, ameaças e intimidações sofridas por aqueles que questionaram as irregularidades no licenciamento.

Apesar do imbróglio jurídico dos últimos dias em torno do leilão, com direito a manifestações do Greenpeace despejando três toneladas de esterco na porta da ANEEL, o consórcio Norte Energia, que tem participação da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobrás, da Construtora Queiroz Galvão, da Galvão Engenharia e de outras seis empresas, arrematou, em leilão realizado na última terça-feira (20/04), a usina de Belo Monte que começará a operar em 2015 e ficará totalmente pronta em 2019.

O leilão foi conduzido com base na menor tarifa oferecida pela energia elétrica da usina. Desta forma, quem oferecesse o menor lance, pelo preço a ser cobrado, ganharia o direito de construir e, posteriormente, vender a energia elétrica de Belo Monte. O Ministério de Minas e Energia definiu como preço máximo R$ 83 por megawatt/hora. O consórcio vencedor garantiu o preço de R$ 77,97 por megawatt/hora. O deságio ficou em 6,02%.

Belo Monte, que será construída no rio Xingu, no município de Vitória do Xingu (PA), será a segunda maior usina do Brasil, atrás apenas da binacional Itaipu, e custará pelo menos R$ 19 bilhões, segundo fontes do governo. Há especulações, porém, de que a obra poderá custar até R$ 30 bilhões. O governo federal está oferecendo benefícios fiscais com desconto de 75% no pagamento do imposto de renda aos compradores, além de empréstimo da ordem de 80% da obra, que será financiada pelo BNDES. A obra formará dois reservatórios de 516 Km², que vão impactar diretamente toda região da bacia do rio Xingu, numa área que compreende 30 terras indígenas legalmente constituídas, além de reservas extrativistas e oito unidades de conservação ambiental.

Recentes estudos divulgados por especialistas da área de engenharia, biologia e sociologia, dão conta de que um trecho de cem quilômetros da Volta Grande do rio Xingu, no Pará, será prejudicado. O renomado biólogo Hermes Fonseca de Medeiros, doutor em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), afirma que, com a construção da barragem antes da Volta Grande, a água existente na região sofrerá com a vazão reduzida a ponto de impossibilitar a reprodução de peixes e favorecer a proliferação de doenças.

Fonseca que analisou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), em parceria com outros 40 especialistas de diversas áreas, em recente entrevista à imprensa, desabafou: "É uma situação muito triste. Nos mais de cem quilômetros do rio, há corredeiras, terras indígenas, ribeirinhos, e a vazão vai descer tanto, que os peixes podem não conseguir se reproduzir. A maioria das pessoas dependem da pesca para sobrevivência . O Xingu vai desaparecer na Volta Grande, vai ter apenas um filete de água. As pessoas não poderão mais navegar. Na época da seca, grandes poças deverão se formar, produzindo focos de doenças, como a malária. Moradores e índios estão condenados a enfrentar uma situação imprevisível, o caos vai se instalar na região".

Por outro lado, integrantes do governo se esforçam em discursos muitas vezes duvidosos, tentando justificar a falta de planejamento para com o uso do dinheiro público. Maurício Tolmasquim presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão do governo federal responsável pelo planejamento de energia, afirma que Belo Monte representará um marco no desenvolvimento do Brasil e é fundamental para garantir o fornecimento de energia nos próximos anos, além de alavancar o crescimento econômico. "O Brasil é um país que tem uma demanda crescente de energia por conta do crescimento constante da economia. Precisamos agregar nova oferta. Atualmente usamos grande parte do potencial da região Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Porém, 66% do potencial remanescente está na Região Norte. E Belo Monte é uma usina que terá grande capacidade de abastecimento, sendo uma das obras fundamentais para garantir o fornecimento de energia elétrica", defende ele.

A verdade é que, além de tratar-se da segunda maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais bandeiras do governo Lula, e de ter capacidade para gerar 11,2 mil MW de energia, Belo Monte não deve operar com essa potência. Segundo o próprio governo, a potência máxima só poderá ser obtida em tempo de cheia. Na época de seca, a geração pode ficar abaixo de mil MW. A energia média assegurada é de 4,5 mil MW. Portanto, podemos afirmar que é insanidade construir uma usina tão cara e prejudicial ao meio ambiente, que só vai atingir sua capacidade máxima durante uma parte do ano e no restante trabalhar pela média ou abaixo de sua capacidade.

Diante de tal situação, será que não seria mais razoável investir em bagaço de cana-de-açúcar para gerar energia? Detalhe: As usinas de co-geração exigem um investimento relativamente baixo. Depois de instalada, praticamente não há despesa com combustível - que é o próprio bagaço da cana. Uma das vantagens é que a energia produzida nas usinas não depende de linhas de transmissão e já entra direto na rede distribuidora com níveis adequados de tensão. Outra vantagem, é que a posição geográfica das usinas de cana-de-açúcar e o período de pico são pontos positivos que reforçam a viabilidade dos investimentos em co-geração. Finalizando, as usinas estão localizadas na área de maior consumo do país e o período de safra da cana coincide com a seca (maio a novembro), o que poderia ajudar a poupar os reservatórios das hidrelétricas.


* Carlos Eduardo Sarinho Soares é bacharel em jornalismo pela FIAM e pós-graduado em Política e Relações Internacionais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP). Atuou durante 14 anos na assessoria de imprensa da Eletropaulo e atualmente presta consultoria na área de energia elétrica para veículos de comunicação, principalmente com relação a "Gerenciamento de Crise".

FESPSP: 77 anos de tradição, pioneirismo e inovação

A Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) é uma pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, cujo fim é a manutenção de escolas voltadas ao ensino e à pesquisa em nível superior. Criada em 27 de abril de 1933, por iniciativa de pouco mais de uma centena de figuras eminentes da sociedade paulistana, dentre as quais se destacam os dirigentes das principais entidades de ensino de São Paulo. A FESPSP é orientada desde o início para o estudo da realidade brasileira e para a formação de quadros técnicos e dirigentes capazes de atuar no processo de modernização da sociedade.

Hoje, a FESPSP mantém a Escola de Sociologia e Política (ESP), a Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação (FaBCI), a Faculdade de Administração (FAD) e a Escola Pós-Graduada de Ciências Sociais (EPG). O seu corpo de pesquisadores e docentes se dedica ao ensino e à pesquisa acadêmica e aplicada, reunindo à atividade de produção do conhecimento a capacidade de intervenção, gestão e planejamento, que tem sido a marca de atuação da instituição nos projetos desenvolvidos para os setores público e privado ao longo dos anos.

Fonte: www.segs.com.br, onde poderão ser lidos os comentários.

segunda-feira, maio 10, 2010

Isenção da taxa Prise / Prosel 2011 - UEPA

Serão ofertadas 10 mil isenções, dos quais 7 mil para o Prosel e 4.500 são para o Prise (1ª etapa). As solicitações podem ser feitas até às 23h do dia 21 de maio. O resultado sai no dia 20 de agostO.

Acesso ao formulário


Fonte: www.uepa.br

Prêmio Dardos

Este blog recebeu o Prêmio Dardos por indicação do Prof. Eric Siqueira, da Escola Helena Guilhon e formador do NTE Ananindeua. O blog do Prof. Eric foi o 1º lugar no 2º Concurso de Blogs das Escolas Públicas Estaduais de Belém e o 1º lugar no EducaBlog Paraense em 2009; além de inúmeros acessos, uma de suas práticas é compartilhar seus conhecimentos tecnológicos.

Obrigada pela indicação, professor!

O Prêmio Dardos visa “reconhecer os valores que cada blogueiro mostra a cada dia, seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. Em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras”.

Algumas regras:

1- Exibir a imagem do selo no blog:


2- Exibir o link do blog que fez a indicação:

http://ericsiq.blogspot.com/

3- Escolher 10, 15 ou 30 blogs para dar indicação e avisá-los. Eis minhas indicações:

http://anizcoelho.blogspot.com/
http://audreycers.blogspot.com/
comunidadedrfreitas.blogspot.com
helenaguilhon.blogspot.com
helionethlisboa.blogspot.com
jocimarxavier.blogspot.com
luadeouro.blogspot.com
http://proflorisvaldo.blogspot.com/
psavioalves.blogspot.com
rozapinho.blogspot.com

sábado, maio 08, 2010

Ser Mãe

A mãe compreende até o que os filhos não dizem.
Textos Judaicos

Dia das mães no mundo

2º domingo de maio – Estados Unidos, Brasil, Dinamarca, Finlândia, Japão, Turquia, Itália, Austrália e Bélgica

2º domingo de fevereiro – Noruega

2º domingo de outubro – Argentina

2º dia da primavera – Líbano

1º domingo de maio - Portugal

10 de maio – México

8 de dezembro – Espanha

Último domingo de maio – Suécia

4º domingo da Quaresma – Inglaterra

Fonte: www.arteducacao.pro.br

segunda-feira, maio 03, 2010

Casa Grande & Senzala / Gilberto Freyre

Para as Turmas do 3º ano:
Conteúdo: Década de 1930 - sociólogos brasileiros e suas contribuições.

Casa-Grande & Senzala tem como cerne as origens da sociedade brasileira vista através do cotidiano na casa senhorial no Brasil colônia. A casa-grande é utilizada como uma metáfora do Brasil colonial, cuja sociedade teve seu arcabouço na atividade econômica, a monocultura açucareira; dela resultando uma sociedade patriarcal, agrária, escravista e mestiça. [...]
Freyre discute a formação da sociedade brasileira a partir das contribuições das raças branca, índia e negra, imbricado aos conceitos de raça e cultura. Através da relação entre os primeiros portugueses, degredados ou não, e as índias, vistas com exuberância pelos olhos europeus, que tem início a povoação num clima de “intoxicação sexual” (p. 161). [...]
Freyre busca também as origens que levariam ao sucesso da adaptabilidade dos portugueses nos trópicos. Em Casa-Grande, os portugueses são retratados como um tipo que devido ao contato com diversos povos na atividade mercantil, não apresentava como os demais povos europeus, uma consciência de superioridade racial, daí serem mais receptivos às demais raças e misturarem-se com facilidade. O ponto de convergência da sociedade colonizadora era o catolicismo enrijecido, que funcionava como um aglutinador social. [...]
A sujeição do africano ao português, tanto nas relações de trabalho como sexuais produziu a base do que seria a sociedade brasileira. Ainda que já houvesse contato entre ambos desde o início do período ultramarino, foi no Brasil que aconteceu o aprofundamento das relações em uma fusão cultural e racial entre brancos e negros. Embora a análise de Freyre sobre a sociedade patriarcal e escravocrata seja vista como açucarada, a obra não nega a violência do sistema, e por não ser este seu foco, ela aparece entremeada às relações no cotidiano dos senhores de engenhos e escravos. Assim como o branco português, o negro africano também foi apresentado como colonizador, mas dentro da lógica da escravidão. A sua influência se daria através da criação de um mundo paralelo ao dos brancos, utilizando para isso a relação de submissão, necessária para sua sobrevivência, e as lembranças de suas tradições e sua cultura de origem. É principalmente o escravo doméstico, por sua ligação “intima” com a Casa-Grande, o veículo da colonização através do sexo forçado pelo senhor à mucama resultando no filho mulato, no negrinho que servia de brinquedo para o filho do senhor, ambos criados sob os cuidados das mesmas escravas, que se resignavam com o sadismo da sinhá para garantir sua sobrevivência. É dessa relação entre poder e sobrevivência, respectivamente entre brancos e negros, que surgiria uma cultura propriamente brasileira expressa na fusão do vocabulário das duas raças, nas práticas diárias, nas crenças e nas representações de poder. [...]

Fonte: http://pt.shvoong.com

O aprendizado de gênero: socialização na família e na escola

Para as Turmas do 2º ano:

Desde que nascemos somos educados/as para conviver em sociedade, porém de maneira distinta, caso sejamos menino ou menina. Esta distinção influencia, por exemplo, a decoração do quarto da criança, a cor das roupas e dos objetos pessoais, a escolha dos brinquedos e das atividades de lazer. Assim que mãe, pai e familiares recebem o resultado do ultrassom, passa-se a “desenhar” o lugar da criança. Se menina, roupas e decorações cor-de-rosa. Se menino, tudo azul. Num passado não muito distante, quando não havia o recurso de informação prévia do sexo biológico da criança, a maior parte do enxoval era verde água ou amarelo. À medida que crescemos, por meio dos brinquedos, jogos e brincadeiras, dos acessórios e das relações estabelecidas com os grupos de pares e com as pessoas adultas, vamos também aprendendo a distinguir atitudes e gestos tipicamente masculinos ou femininos e a fazer escolhas a partir de tal distinção, ou seja, o modo de pensar e de agir, considerados como correspondentes a cada gênero, nos é inculcado desde a infância.

Na família, assim como na escola, é fundamental que as pessoas adultas, ao lidarem com crianças, percebam que podem reforçar ou atenuar as diferenças de gênero e suas marcas, contribuindo para estimular traços, gostos e aptidões não restritos aos atributos de um ou outro gênero. Por exemplo, deve ser estimulado nos meninos que sejam carinhosos, cuidadosos, gentis, sensíveis e expressem medo e dor. Quem disse que “homem não chora”? As meninas, por sua vez, podem ser incentivadas a praticar esportes, a gostar de carros e motos, a serem fortes (no sentido de terem garra, gana), destemidas, aguerridas. Tal aprendizado das regras culturais nos constrói como pessoas, como homens ou mulheres.

Se quisermos contribuir para um mundo justo em que haja equidade de gênero, devemos estar atentos para não educarmos meninos e meninas de maneiras radicalmente distintas. Devemos prestar atenção no quanto a socialização de gênero é insidiosa. Oferecer aos meninos e aos rapazes apenas espadas, armas, roupas de luta, adereços de guerra, carros, jogos eletrônicos que incitem à violência é facultar como único caminho para a sua socialização a agressividade, o uso do corpo como instrumento de luta, a supervalorização do gosto pela velocidade e pela superação de limites. Ou ainda, de modo mais sutil, oferecer apenas aos meninos bola, bicicleta e skate, por exemplo, lhes indica que o espaço público é deles, ao passo que dar às meninas somente miniaturas de utensílios domésticos (ferro de passar roupa, cozinha com panelinhas, bonecas, batedeira de bolo, máquina de lavar roupa etc.) é determinar-lhes o espaço privado, o espaço doméstico. Queremos dizer que nos jogos com bonecas, fogõezinhos, panelinhas e ferrinhos de passar as garotas, da infância à adolescência, vão se familiarizando com o trabalho doméstico, como se não houvesse alternativa às mulheres que não o interesse com o cuidado do lar e de filhos/as.

Os modelos de homem e de mulher que as crianças têm à sua volta, na família e na escola, apresentados por pessoas adultas, influenciarão a construção de suas referências de gênero. Quando a menina e o menino entram para a escola, já foram ensinados pela família e por outros grupos da sociedade quais são os "brinquedos de menino" e quais são os "brinquedos de menina". Embora não seja possível intervir de forma imediata nessas aprendizagens no contexto familiar e na comunidade, a escola necessita ter consciência de que sua atuação não é neutra. Educadores e educadoras precisam identificar o currículo oculto que contribui para a perpetuação de tais relações. A escola tem a responsabilidade de não contribuir para o aumento da discriminação e dos preconceitos contra as mulheres e contra todos aqueles que não correspondem a um ideal de masculinidade dominante, como gays, travestis e lésbicas, por exemplo. Por isso, educadores e educadoras são responsáveis e devem estar atentos a esse processo.

Fonte: Curso Gênero e Diversidade na Escola no endereço:
www.ufpa.br