Abertura conteceu em Salvaterra devido o município possuir o maior número de comunidades quilombolas.
Estudantes e professores de Salvaterra e Soure, abriram a quarta edição da semana integrada de combate ao racismo no Marajó. Eles conseguiram integrar as escolas estaduais Gasparino Batista da Silva e Ademar de Vasconcelos em torno das discussões sobre o fenômeno social do racismo.
Salvaterra é dos municípios da Ilha do Marajó que possui o maior
número de comunidades quilombolas oficiais, devidamente reconhecidas
pelo Governo Federal, através da Fundação Palmares.
Por este motivo a cidade foi referência para o início das atividades
pedagógicas idealizadas pelo historiador Vinicius Darlan desde 2010,
usando as prerrogativas da Lei Federal nº 10.639/03, que torna
obrigatória a prática, nas escolas, do ensino da História da África e da
Cultura Afro-brasileira, fortalecida pelo Estatuto da Igualdade Racial e
pela proclamação da Década dos Afro-Descendentes, pela ONU, para o
período de 2013 a 2022.
Soure integrou o projeto a partir de 2012 e este ano já se destaca
pelo envolvimento da comunidade escolar e pela participação efetiva de
professores e alunos na confecção de painéis, faixas, cartazes e várias
manifestações culturais com dança música e teatro, além do concurso para
a escolha da beleza negra masculino e feminino, a exemplo do que já
acontece em Salvaterra há quatro anos.
Este ano o evento pode contar com a participação do Coletivo Cultural
Casa Preta, do bairro da Terra Firme em Belém. Dom Perna e o DJ RG,
deste coletivo de afro-desenvolvimento, mostraram um pouco da história
da música negra no mundo e no Brasil, o que provocou bastante
curiosidade dos alunos e professores. A Seduc enviou sua representação
através da COPIR – Coordenadoria de Educação Para a Promoção da
Igualdade Racial. O professor Amilton Barreto está no Marajó e integra a
equipe de palestrantes do evento “A Seduc não poderia deixar de apoiar
uma iniciativa grandiosa como esta e que promove um debate tão
importante para a nossa sociedade” disse Hamilton.
Durante três dias as escolas realizam palestras, debates, exposições e
duas grandes caminhadas na culminância, que acontece durante o
encerramento, na próxima quinta feira, 09. Durante as caminhadas os
estudantes utilizarão apito e vuvuzelas compradas por eles mesmos para
promover o alerta social contra o racismo.
Entre os temas que serão abordados ainda estão a religiosidade, a
dança, o bullying e o corpo através da capoeira. Os palestrantes foram
selecionados, na sua maioria, entre os professores da própria região
marajoara.
Fonte: Dário Pedrosa
no http://marajoonline.com.br/index.php/4a-semanda-de-combate-ao-racismo-e-aberta/
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