quinta-feira, dezembro 31, 2009

O Ato Institucional Nº 5 - Direito à Memória e à Verdade

Durante o governo de Arthur da Costa e Silva - 15 de março de 1967 à 31 de agosto de 1969 - o país conheceu o mais cruel de seus Atos Institucionais. O Ato Institucional Nº 5, ou simplesmente AI 5, que entrou em vigor em 13 de dezembro de 1968, era o mais abrangente e autoritário de todos os outros atos institucionais, e na prática revogou os dispositivos constitucionais de 67, além de reforçar os poderes discricionários do regime militar.

O Ato vigorou até 31 de dezembro de 1978, precisamente há 31 anos. O regime militar ainda existiria até 1985.

Recentemente, para um público de 3.000 professores da rede pública em todo o Brasil, foi realizado o Curso Direito à Memória e à Verdade, a distância via internet, através da Ágere Cooperação em Advocacy e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República-SEDH, do qual participei. O curso faz parte de um projeto cujo objetivo é recuperar e divulgar o que aconteceu nesse período da vida republicana brasileira. São registros de um passado marcado pela violência e por violações de direitos humanos.

Acho pertinente lembrar, conforme reafirmado durante o Curso, que " com a Constituição Federal de 1988, os direitos humanos passam a ser considerados o fundamento do Estado brasileiro. Na década de Noventa, o Estado elabora, em parceria com a sociedade civil, o Programa Nacional de Direitos Humanos e começa a construir uma legislação e mecanismos institucionais de promoção e proteção dos direitos humanos. O processo se aprofunda no começo do século XXI com a criação do Sistema Nacional de Direitos Humanos, que integra, em um arcabouço único, todos os mecanismos de proteção, e com o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos que eleva a educação à prioridade das políticas públicas de promoção dos direitos humanos ".

De acordo com o projeto DMV " disponibilizar esse conhecimento é fundamental para o País construir instrumentos eficazes e garantir que esse passado não se repita nunca mais ". Por essa razão, faremos algumas postagens dos conteúdos desse curso, oportunamente.

Fontes: http://www.direitomemoria.org.br
http://www.unificado.com.br

MEC divulga reajuste de 7,86% a professores a partir de 2010

30 de dezembro de 2009 • 22h03 • atualizado às 22h08

Após consultar a a Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério da Educação divulgou nesta quarta-feira que o piso salarial dos professores terá um reajuste de 7,68% em 1º de janeiro de 2010.

A aplicação do percentual eleva o piso de R$ 950 para R$ 1.024,67 para uma jornada de 40 horas semanais. Embora a interpretação da AGU não seja vinculante, esta será a recomendação do MEC aos entes federados que o consultarem sobre o tema.

O parecer da AGU sobre o índice de reajuste do piso salarial dos professores, em resposta a consulta feita pelo Ministério da Educação, tomou por base a diferença entre o valor efetivo do Fundeb por aluno ao ano praticado em 2008 (R$ 1.132,34) e o de 2009 (R$ 1.221,34). A diferença apurada é de 7,86%.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que tem convicção de que Estados e municípios têm condições de pagar o piso salarial dos professores, no valor de R$ 1.024,67.

Fonte: http://www.noticias.terra.com.br

Origem e Curiosidades sobre o Ano-Novo

Você sabia que o ano-novo se consolidou na maioria dos países há 500 anos? Desde os calendários babilônicos (2.800 a.C.) até o calendário gregoriano, o réveillon mudou muitas vezes de data.

A primeira comemoração, chamada de "Festival de ano-novo" ocorreu na Mesopotâmia por volta de 2.000 a. C. Na Babilônia, a festa começava na ocasião da lua nova indicando o equinócio da primavera, ou seja, um dos momentos em que o Sol se aproxima da linha do Equador onde os dias e noites tem a mesma duração.

No calendário atual, isto ocorre em meados de março (mais precisamente em 19 de março, data que os espiritualistas comemoram o ano-novo esotérico).

Os assírios, persas, fenícios e egípcios comemoravam o ano-novo no mês de setembro (dia 23). Já os gregos, celebravam o início de um novo ciclo entre os dias 21 ou 22 do mês de dezembro.

Os romanos foram os primeiros a estabelecerem um dia no calendário para a comemoração desta grande festa (753 a.C. - 476 d.C.) O ano começava em 1º de março, mas foi trocado em 153 a. C. para 1º de janeiro e mantido no calendário juliano, adotado em 46 a. C. Em 1582 a Igreja consolidou a comemoração, quando adotou o calendário gregoriano.

Alguns povos e países comemoram em datas diferentes. Ainda hoje, na China, a festa da passagem do ano começa em fins de janeiro ou princípio de fevereiro. Durante os festejos, os chineses realizam desfiles e shows pirotécnicos. No Japão, o ano-novo é comemorado do dia 1º de janeiro ao dia 3 de janeiro.

A comunidade judaica tem um calendário próprio e sua festa de ano-novo ou Rosh Hashaná, - "A festa das trombetas" -, dura dois dias do mês Tishrê, que ocorre em meados de setembro ao início de outubro do calendário gregoriano. Para os islâmicos, o ano-novo é celebrado em meados de maio, marcando um novo início. A contagem corresponde ao aniversário da Hégira (em árabe, emigração), cujo Ano Zero corresponde ao nosso ano de 622, pois nesta ocasião, o profeta Maomé, deixou a cidade de Meca estabelecendo-se em Medina.

Contagem decrescente os últimos minutos do dia 31 de Dezembro seja: 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1. Feliz 2010!!!!!! A passagem de Ano Novo é o fim de um ciclo, início de outro. É um momento sempre cheio de promessas. E os rituais alimentam os nossos sonhos e dão vida às nossas celebrações. Na passagem de Ano Novo, não podemos deixar de aproveitar a oportunidade para enchermos o coração de esperança e começar tudo de novo. E para que a festa corra muito bem, há algumas tradições e rituais que não podemos esquecer...

- Fogos e barulho. No mundo inteiro o Ano Novo começa entre fogos de artifício, buzinadas, apitos e gritos de alegria. A tradição é muito antiga e, dizem, serve para espantar os maus espíritos. As pessoas reúnem-se para celebrar a festa com muitos abraços.
- Roupa nova. Vestir uma peça de roupa que nunca tenha sido usada combina com o espírito de renovação do Ano Novo. O costume é universal e aparece em várias versões, como trocar os lençóis da cama e usar uma roupa de baixo nova.

Origem do Ano Novo

As comemorações de Ano Novo variam de cultura a cultura, mas universalmente a entrada do ano é festejada mesmo em diferentes datas.

O nosso calendário é originário dos romanos com a contagem dos dias, meses e anos. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado em 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera.

As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1º de Abril. O Papa Gregório XIII instituiu o 1º de Janeiro como o primeiro dia do ano, mas alguns franceses resistiram à mudança e quiseram manter a tradição. Só que as pessoas passaram a pregar partidas e ridicularizar os conservadores, enviando presentes estranhos e convites para festas que não existiam. Assim, nasceu o Dia da Mentira, que é a falsa comemoração do Ano Novo.

Tradições de Ano Novo no mundo:

Itália: O ano novo é a mais pagã das festas, sendo recebido com Fogos de artifícios, que deixam todas as pessoas acordadas. Dizem que os que dormem na virada do ano dormirão todo o ano e na noite de São Silvestre, santo cuja festa coincide com o último dia do ano. Em várias partes do país, dois pratos são considerados essenciais. O pé de porco e as lentilhas. Os italianos se reúnem na Piazza Navona, Fontana di Trevi, Trinitá dei Monit e Piazza del Popolo.

Estados Unidos: A mais famosa passagem de Ano Novo nos EUA é em Nova Iorque, na Time Square, onde o povo se encontra para beber, dançar, correr e gritar. Há pessoas de todas as idades e níveis sociais. Durante a contagem regressiva, uma grande maçã vai descendo no meio da praça e explode exactamente à meia-noite, jogando balas e bombons para todos os lados.

Austrália: Em Sydney, uma das mais importantes cidades australianas, três horas antes da meia-noite, há uma queima de fogos na frente da Opera House e da Golden Bridge, o principal cartão postal da cidade. Para assistir ao espectáculo, os australianos se juntam no porto. Depois, recolhem-se a suas casas para passar a virada do ano com a família e só retornam às ruas na madrugada, quando os principais destinos são os “pubs” e as praias.

França: O principal ponto é a avenida Champs-Elysées, em Paris, próximo ao Arco do Triunfo. Os franceses assistem à queima de fogos, cada um com sua garrafa de champanhe (para as crianças sumos e refrigerantes). Outros vão ver a saída do Paris-Dacar, no Trocadéro, que é marcada para a meia-noite. Outros costumam ir às festas em hotéis.

Brasil: No Rio de Janeiro, precisamente na praia de Copacabana, onde a passagem do Ano Novo reúne milhares de pessoas para verem os fogos de artifício. As tradições consistem em usar branco e jogar flores para “Yemanjá”, rainha do mar para os brasileiros.

Inglaterra: Grande parte dos londrinos passa a meia-noite em suas casas, com a família e amigos. Outros vão à Trafalgar Square, umas das praças mais belas da cidade, à frente do National Gallery. Lá, assistem à queima de fogos. Depois, há festas em várias sítios da cidade.

Alemanha: As pessoas reúnem-se no Portal de Brandemburgo, no centro, perto de onde ficava o Muro de Berlim. Tradicionalmente, não há fogos de artificio.

Curiosidade: Em Macau, e para todos os chineses do mundo, o maior festival do ano é o Novo Ano Chinês. Ele é comemorado entre 15 de Janeiro e 15 de Fevereiro de acordo com a primeira lua nova depois do início do Inverno. Lá é habitual limparem as casas e fazerem muita comida (Bolinhos Chineses de Ano Novo - Yau Gwok, símbolo de prosperidade). Há muitos fogos de artifício e as ruas ficam cobertas de pequenos pedaços de papel vermelho.

Cada cultura comemora seu Ano Novo. Os muçulmanos têm seu próprio calendário que se chama “Hégira”, que começou no ano 632 d.C. do nosso calendário. A passagem do Ano Novo também tem data diferente – 6 de Junho, foi quando o mensageiro Mohammad fez a sua peregrinação de despedida a Meca.

As comemorações do Ano Novo judaico, chamado “Rosh Hashanah”. É uma festa móvel no mês de Setembro - ano 5770 - com a oportunidade para se deliciar com as tradicionais receitas judaicas: o “Chalah”, uma espécie de pão e além do pão, é costume sempre se comer peixe porque ele nada sempre para frente.

O primeiro dia do ano é dedicado à confraternização. É o Dia da Fraternidade Universal. É hora de pagar as dívidas e devolver tudo que se pediu emprestado ao longo do ano. Esse gesto reflecte a nossa necessidade de fazer um balanço da vida e de começar o ano com as contas acertadas.

Tradições Portuguesas:

As pessoas valorizam muito a festa de Ano Novo, porque sentem o desejo de se renovar. Uma das nossas tradições é sair às janelas de casas batendo panelas para festejar a chegada do novo ano. Nos dias 25 de Dezembro e 1º de Janeiro, costumamos comer uma mistura feita com as sobras das ceias, que são levadas ao forno. O ingrediente principal da chamada “Roupa Velha” é o bacalhau cozido, com ovos, cebola e batatas, regados a azeite.

Para as superstições, comer 12 passas durante as 12 badaladas na virada do ano traz muita sorte, assim como subir numa cadeira com uma nota (dinheiro) em uma das mãos. Em várias zonas do litoral, há pessoas que mesmo no frio do Inverno conseguem entrar na água e saudar o Ano Novo.

Fonte: Monica Buonfiglio | Radio e TV de Portugal no sítio http://www.miniweb.com.br
com alterações feitas por mim quanto ao ano que se inicia e ao atual ano judaico.

A culpa é do (a) professor (a)?

Na mídia, notícias sobre educação são publicadas não mais apenas em cadernos de ensino, mas também nas páginas policiais, desvelando agressões e agredidos. A luta a favor de melhores condições de trabalho coloca frente a frente o professorado e os governos. Entre tantas situações contemporâneas, pensar a atuação docente é um grande desafio, o qual deve mobilizar a todos nós.
O professor Sérgio Haddad, revela os desafios dessa importante profissão e nos convida a “transver” o mundo sob o olhar atento à recriação do papel dos(as) professores(as).


Mundo Jovem: É possível afirmar que hoje há uma certa desvalorização do(a) professor(a)?

Sérgio Haddad: O processo de desvalorização vem junto com a universalização da escola, principalmente no Ensino Fundamental. Na medida em que houve uma abertura de vagas muito grande, e esta abertura foi feita com um volume de recursos que não acompanhou as necessidades. Simplesmente aumentaram o número de alunos na sala de aula, aumentaram as turmas, aumentaram as classes, enfim, um aumento de despesas não correspondentes. E o professor sofreu muito com isso e pagou com sua desvalorização.

Mas por que se culpa o(a) professor(a)?

Sérgio Haddad: Eu acho inclusive que, hoje, o(a) professor(a) passou a ser criminalizado. Antigamente você dizia o seguinte: com a universalização, a escola pública ficou pior, porque os pobres entraram na escola, a criança não tem experiência escolar, os pais não têm experiência escolar, então você empobreceu a escola pública. Naquela época culpabilizavam os alunos. Agora, o processo é outro.

Qualquer questão é um problema do(a) professor(a), com suas disponibilidades, com suas dificuldades. Ele(a) é o(a) grande responsável por todos os problemas que acontecem na escola. E não é bem assim, afinal existe uma quantidade de fatores que impactam a qualidade da escola pública, e nós não podemos deixar na mão do(a) professor(a) a única responsabilidade disso.

É comum ver nas páginas dos jornais e nos discursos dos governantes a responsabilização do professorado pela insuficiência da qualidade do ensino, alegando formação deficiente, absenteísmo e falta de compromisso pessoal com a carreira. A consequência imediata é a ausência d participação dos docentes nos debates públicos e na formulação das políticas, ficando na mão dos órgãos centralizados e dos especialistas o papel de conceber e formular ações pedagógicas, relegando ao professorado o papel mecânico de aplicar tais ações.

Isso não compromete o papel de educador(a)?

Sérgio Haddad: No novo cenário, eles(as) passam a ser o principal “bode expiatório” dos insucessos dos sistemas de ensino, recebendo a pecha de incompetentes e/ou descomprometidos, em grande parte do discurso de gestores e da imprensa. Parece evidente que tal deslocamento tem a ver com a mudança no perfil socioeconômico do professorado, decorrente da massificação da escola. Ele passa a ser composto por uma parcela cada vez maior de mulheres oriundas das classes populares, com participação crescente de afrodescendentes.

Diante desse cenário, impõe-se o desafio de compreender e denunciar os significados políticos e consequências pedagógicas desse processo de culpabilização dos(as) professores(as) e, principalmente, de fazer frente a ele, produzindo uma contraideologia nos marcos dos direitos humanos, da democracia e da justiça social. É fundamental desenvolver estudos, implantar políticas e apoiar iniciativas dos próprios professores e professoras que contribuam para a recriação de seu papel como educadores e servidores públi cos, intelectuais, ao mesmo tempo autônomos e comprometidos com um projeto republicano de educação pública de qualidade para todos.

O que tem a ver a classe social e a etnia das professoras?

Sérgio Haddad: O trabalho do professor foi feminilizando mais do que era. E mais do que isso, ele tem incorporado cada vez mais pessoas negras e pardas. São essas pessoas que estão dando conta e estão trabalhando nas escolas públicas. Por isso temos que tomar cuidado, porque nós podemos estar próximos de uma criminalização do professor que tem por trás toda uma visão machista, preconceituosa, racista, que a sociedade tem em relação ao professor.

E os casos de violência na escola, especialmente contra o(a) professor(a)?

Sérgio Haddad: As brigas na escola sempre aconteceram. Mas hoje tem a televisão que está dando uma dimensão muito grande a esses fatos. E temos que ter um pouco de cuidado com isso.

Eu diria que a violência não é uma característica da escola, e sim de toda a sociedade. Os casos de violência na sociedade, de maneira geral, cresceram: os muros subiram, as grades subiram, o número de vigilância privada cresceu... E a escola não é imune a esse comportamento da sociedade. Cresceu a falta de respeito entre pais e filhos, mudou o tipo de relação e isso também mudou na sala de aula. Daí muda também a característica da relação de respeito com o professor. A unidade escolar é um laboratório do que está na sociedade. O aluno não está isento e isso é que a gente vê refletido na escola.

Você identifica um processo de mercantilização da educação?

Sérgio Haddad: Eu acho que na medida em que os interesses privados entram na escola, você começa a ter algo que diz respeito menos ao sentido público dessa escola e mais ao que é diretamente ligado à questão privada. Um exemplo: hoje cada vez mais você vê sistemas educacionais entrarem nas redes públicas, subsídios privados, que botam apostilas, vendem aulas públicas que acompanham pelos telões, acompanhamento pela internet... E tudo isso vai criando uma visão muito própria e tirando do(a) professor(a) a capacidade de produção, de criação. É uma coisa dada, não é a experiência do(a) professor(a). Quando você tira isso da mão dele(a) e entrega para pessoas que produzem, você acaba privatizando de alguma forma o processo educacional. Você tira a ação pública desse(a) professor(a) para interesses privados de alguns deles, sob o ponto de vista da sua perspectiva pedagógica, da sua autonomia como profissional.

Há pesquisas que constatam que um grande número de professores sofre com problemas de saúde. A que se pode atribuir isso?

Sérgio Haddad: É um reflexo das condições de trabalho, dessa violência etc. Talvez em nenhuma outra profissão ou em poucas profissões você tenha que ficar frente a frente com um conjunto de 30, 40 pessoas, num confronto, dando conta de algo que é de difícil realização, pressionado de fora para dentro, culpabilizado pelo seu trabalho. É natural que isso afete a pessoa. E imagino que os alunos também se sintam “pesados” com essa situação.

A partir das mudanças do mundo, há uma exigência que o(a) professor(a) também mude?

Sérgio Haddad: Todo professor tem que se atualizar. Todo o processo de mudança social ou tecnológica tem que ser incorporado e o(a) professor(a) tem que ter condições de fazer isso. Se ele(a) estiver ocupado o tempo todo em dar aulas porque precisa sobreviver, vai ter dificuldade para se atualizar. Então é preciso que se deem as condições e se crie a disponibilidade para isso.

A valorização também passa pela remuneração. É importante estabelecer um piso salarial para o magistério?

Sérgio Haddad: É extremamente necessário. Mesmo assim, 950 reais para o ano que vem e para 2011 representam muito pouco. E ainda assim há governantes que entram na justiça para não pagar esse piso. É de chorar...

A luta do professor tem sido uma luta de classe. A sociedade civil, os pais, os alunos não deveriam se engajar mais na defesa da educação e dos educadores?

Sérgio Haddad: Essa talvez seja a grande questão: por que a luta da educação é uma luta somente do professor e do sindicato? Por que os pais não se mobilizam para isso? Pesquisas nacionais dizem que os pais estão satisfeitos com a educação. Talvez porque não tenham experiência. Hoje, de fato, as pessoas têm mais escolaridade do que antigamente. As novas gerações têm mais escolaridade do que a geração anterior, e isso já é um ganho. Talvez essa possa ser uma explicação. E acho que se a escola se abrir mais para os pais, se os pais puderem estar mais dentro dela, poderá haver maior engajamento. O próprio sindicato se fecha, não há diálogo com os pais. Teria que se estabelecer uma grande parceria com os pais.

Com tantas cobranças e tantas dificuldades, ser professor(a) é uma atitude heróica?

Sérgio Haddad: Eu diria que hoje, apesar dessas condições, ser um profissional nessa área já é uma grande vitória. Quem se submete a trabalhar nessas condições que estão colocadas para o(a) educador(a)? Precisa realmente ter muita vontade de perseverar e tentar realizar o seu trabalho. E acho que grande parte dos(as) professores(as) tem essa característica.

Que importância teve
o(a) professor(a) para você?


Eu não seria leitor, escritor ou cronista se não fossem algumas professoras que marcaram minha vida e me mostraram o prazer da leitura. Eram professoras incríveis, porque tinham um olhar para dentro do aluno, e isso que eu gostaria que os professores tivessem. É muito complicado, eu sei que hoje é difícil, mas olhem para cada um, mesmo aquele mais rebelde, o mais chato, o mais quieto... Alguma coisa nele tem que o leva a ser daquele jeito. Se o professor não tiver paixão pelo que faz, se não for entusiasmado, se não gostar da escola, mesmo com todas as dificuldades... Mas o que não é difícil? Tudo é difícil. Mas aquela é sua missão, aquele é seu ofício, então se jogue dentro dele, procurando transformar.

Ignácio de Loyola Brandão,
escritor.

Não é tarefa difícil escrever sobre a importância que os professores tiveram em minha vida. Na verdade há que falar sobre a importância que ainda têm, pois continuo como aluna, numa pós-graduação sobre neuropsicologia. Além de nos encantar com o conhecimento que possuem, professores nos estimulam a construí-los. Além de nos assombrar com o muito que há para aprender, professores nos fazem pensar e desejar. Ao pensar, fazemos uma releitura de mundo e ao desejar nos humanizamos, valorizando nossas emoções e as energias que nos impulsionam. Todas as homenagens seriam poucas, pois como educadores que são, os professores nos ensinam a estabelecer relações com o saber. E tais relações são sempre positivas e oportunas.

Rosita Edler Carvalho,
doutora em Educação pela UFRJ e escritora.


Entrevista publicada na edição nº 401, outubro de 2009 do Jornal Mundo Jovem
Li no blog Filosofar é preciso! da Marise Von

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Sobre pedofilia - Profª Jane Felipe

Turmas de 2º ano - Escolas Deodoro de Mendonça e Dr. Freitas

A 4ª avaliação está chegando. Lembro-lhes da tarefa valendo 3,0 (três pontos):

Assunto: Pedofilização, cujo resumo deve conter informações sobre o termo, processo e contextualização.

Para auxiliá-lo na elaboração do resumo, indico a leitura (com alguns cortes feitos por mim):

Saiba como fazer o resumo de um texto de forma adequada


Resumir é apresentar de forma breve, concisa e seletiva um certo conteúdo. Em um resumo você vai colocar com poucas palavras as idéias que o autor desenvolveu ao longo de um texto.

Um resumo permite recuperar rapidamente idéias, conceitos e informações, tornando mais fácil de entender, pois saberá encontrar num texto as idéias mais importantes.

Um resumo deve ser:

Breve e conciso: no resumo de um texto, por exemplo, devemos deixar de lado os exemplos dados pelo autor, detalhes e dados secundários.

Pessoal: um resumo deve ser sempre feito com suas próprias palavras. Ele é o resultado da sua leitura de um texto.

Logicamente estruturado: um resumo não é apenas um apanhado de frases soltas. Ele deve trazer as idéias centrais (o argumento) daquilo que se está resumindo. Assim, as idéias devem ser apresentadas em ordem lógica, ou seja, como tendo uma relação entre elas. O texto do resumo deve ser compreensível.

Fonte: Colégio Web no
endereço http://noticias.terra.com.br

Meu comentário: É imprescindível fazer abordagens sobre Pedofilia. A contextualização deverá ser feita com exemplos de letras de música, publicidade, meios de comunicação. Fuja dos exemplos citados nos textos que indiquei. Garimpe você mesmo (a).

Não esqueça de citar as fontes.

Cada passo na elaboração do resumo vale 1,0 ponto. E é assunto de prova.

Bom trabalho!

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Mensagem

Recebi da Profª Enilda Santos - Projeto Aceleração da Escola Deodoro de Mendonça:

"Alguns homens vêem as coisas como são e dizem 'Por quê?' Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo 'Por que não?'."
George Bernard Shaw

Agradeço pelo incentivo à ousadia, à realização de sonhos. E por que não?

sexta-feira, dezembro 25, 2009

Feliz Natal!


"A Virgem dá hoje à luz o Eterno.
E a terra oferece uma gruta ao Inacessível.
Os anjos e os pastores o louvam,
e os magos avançam com a estrela.
Porque Tu nasceste para nós,
Menino, Deus eterno!

Hoje só será Natal se em ti e em tua família nasce de Maria o
Senhor Jesus."

É Natal!

Origem:

Universal, abrangente, calorosa ­ assim é a festa de Natal, que envolve a todos. Uma das mais coloridas celebrações da humanidade, é a maior festa da cristandade, da civilização surgida do cristianismo no Ocidente. Época em que toda a fantasia é permitida. Não há quem consiga ignorar a data por mais que conteste a importação norte-americana nos simbolismos: neve, Papai Noel vestido com roupa de lã e botas, castanhas, trenós, renas.
Até os antinatalinos acabam em concessões, um presentinho aqui, outro acolá. Uma estrelinha de Belém na porta de casa, uma luzinha, um mimo para marcar a celebração da vida, que é o autêntico sentido da festa. Independente do consumismo, tão marcante, o Natal mantém símbolos sagrados do dom, do mistério e da gratuidade.
Na origem, as comemorações festivas do ciclo natalino vêm da distante Idade Média, quando a Igreja Católica introduziu o Natal em substituição a uma festa mais antiga do Império Romano, a festa do deus Mitra, que anunciava a volta do Sol em pleno inverno do Hemisfério Norte. A adoração a Mitra, divindade persa que se aliou ao sol para obter calor e luz em benefício das plantas, foi introduzida em Roma no último século antes de Cristo, tornando-se uma das religiões mais populares do Império.

A data conhecida pelos primeiros cristãos foi fixada pelo Papa Júlio 1º para o nascimento de Jesus Cristo como uma forma de atrair o interesse da população. Pouco a pouco o sentido cristão modelou e reinterpretou o Natal na forma e intenção. Conta a Bíblia que um anjo anunciou para Maria que ela daria a luz a Jesus, o filho de Deus. Na véspera do nascimento, o casal viajou de Nazaré para Belém, chegando na noite de Natal. Como não encontraram lugar para dormir, eles tiveram de ficar no estábulo de uma estalagem. E ali mesmo, entre bois e cabras, Jesus nasceu, sendo enrolado com panos e deitado em uma manjedoura.
Pastores que estavam próximos com seus rebanhos foram avisados por um anjo e visitaram o bebê. Três reis magos que viajavam há dias seguindo a estrela guia igualmente encontraram o lugar e ofereceram presentes ao menino: ouro, mirra e incenso. No retorno, espalharam a notícia de que havia nascido o filho de Deus.

Fonte: http://www.arteducacao.pro.br

Publicidade infantil

Li no blog da Professora Gládis Leal dos Santos e quero fazer parte da campanha que combate a erotização precoce entre outras consequências advindas da publicidade.

Portanto, pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil, acesse:

http://publicidadeinfantilnao.org.br/

in http://professoragladis.blog.br

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Simbologia do Natal

Desde a sua origem, o Natal é carregado de magia. Gritos, cantigas, forma rudimentar do culto, um rito de cunho teatral, o drama litúrgico ou religioso medieval ganha modificações no decorrer dos séculos. Dos templos, a teatralização ganha praças, largos, ruas e vielas, carros ambulantes, autos sacramentais e natalinos. Os dignatários da Igreja promoviam espetáculos. Na evolução da história está a compreensão de todos os símbolos de Natal:

Árvore - Representa a vida renovada, o nascimento de Jesus. O pinheiro foi escolhido por suas folhas sempre verdes, cheias de vida. Essa tradição surgiu na Alemanha, no século 16. As famílias germânicas enfeitavam suas árvores com papel colorido, frutas e doces. Somente no século 19, com a vinda dos imigrantes à América, é que o costume espalhou-se pelo mundo.

Presentes - Simbolizam as ofertas dos três reis magos. Hábito anterior ao nascimento de Cristo. Os romanos celebravam a Saturnália em 17 de dezembro com troca de presentes. O Ano Novo romano tinha distribuição de mimos para crianças pobres.

Velas - Representam a boa vontade. No passado europeu, apareciam nas janelas, indicando que os moradores estavam receptivos.

Estrela - No topo do pinheiro, representa a esperança dos reis-magos em encontrar o filho de Deus. A estrela guia os orientou até o estábulo onde nasceu Jesus.

Cartões - Surgiram na Inglaterra em 1843, criados por John C. Horsley que o deu a Henry Cole, amigo que sugeriu fazer cartas rápidas para felicitar conjuntamente os familiares.

Comidas típicas - O simbolismo que o alimento tem na mesa vem das sociedades antigas que passavam fome e encontravam na carne, o mais importante prato, uma forma de reverenciar a Deus.

Presépio - Reproduz o nascimento de Jesus. O primeiro a armar um presépio foi São Francisco do Assis, em 1223. As ordens religiosas se incumbiram de divulgar o presépio, a aristocracia investiu em montagens grandiosas e o povo assumiu a tarefa de continuar com o ritual.

Fonte: http://www.arteducacao.pro.br

quarta-feira, dezembro 23, 2009

O "Feliz Natal" no mundo


* Brasil: Feliz Natal
* Bélgica: Zalige Kertfeest
* Bulgária: Tchestito Rojdestvo Hristovo, Tchestita Koleda
* Portugal: Boas Festas
* Dinamarca: Glaedelig Jul
* EUA: Merry Christmas
* Inglaterra: Happy Christmas
* Finlândia: Hauskaa Joulua
* França: Joyeux Noel
* Alemanha: Fröhliche Weihnachten
* Grécia: Eftihismena Christougenna
* Irlanda: Nodlig mhaith chugnat
* Romênia: Sarbatori vesele
* México: Feliz Navidad
* Holanda: Hartelijke Kerstroeten
* Polônia: Boze Narodzenie

Fonte: http://www.arteducacao.pro.br

Imagem: http://www.natalpapainoel.com

terça-feira, dezembro 22, 2009

Exageros de Natal

A quadra natalícia apela ao consumismo. Exagera-se na hora de comprar e, por vezes, não se separa o essencial do acessório. Os brinquedos deixaram de ser objectos de brincar.
A tradição não cede um milímetro. Luzes a piscar, árvores com bolinhas de todas as cores, montras repletas de brinquedos, pais natais em todos os cantos, publicidade alusiva à época. É tempo de Natal e o cenário não varia muito de ano para ano. Os carrinhos de compras enchem-se mais do que o habitual e a palavra consumismo volta a entrar no vocabulário do dia-a-dia. Exagero na hora de comprar prendas para os mais novos? Parece que sim. Mas há cuidados a ter antes de mandar embrulhar os presentes.

"Natal, na verdade, dizem-nos os números, é sempre tempo de algum exagero para os mais novos." Alberto Nídio, sociólogo e mestre em Sociologia da Infância, admite que não é fácil contrariar hábitos há muito enraizados. "Reformulá-los, talvez. Concertar estratégias no seio da família e das instituições por forma a que as coisas se racionalizem um pouco e se consiga mesclar o lúdico com o didáctico. Esta será uma boa forma de diluir esta saga consumista que, tal como está, mais não faz do que inundar os quartos das crianças de um mar de brinquedos, com que elas raramente vão brincar, se é que alguma vez mesmo o irão fazer." O brinquedo impera e reina no Natal. "E tantas outras coisas de que as crianças carecem ficam para segundo plano", observa.

As crianças ocupam um lugar central na sociedade, sobretudo nesta época em que o Pai Natal está por todo o lado. "É recorrente, por esta altura do ano, cair sobre as crianças uma chuva de prendas, que pais, avós, tios, padrinhos e alguns amigos mais próximos fazem chegar aos mais pequenos." "É um fartote de prendas que nunca mais acaba." Alberto Nídio apresenta algumas sugestões para tentar contrariar os tais hábitos. Oferecer brinquedos tradicionais, como um pião ou um rapa, e disponibilizar algum tempo para, com os filhos, construir objectos de brincadeira. "Talvez a playstation, o gameboy ou o telemóvel não se importem muito com isso e até gostem de ter uma ventoinha, um papagaio, uma roda com a gancheta ou uma bonita piorra por companhia, sem que ninguém estorvasse ninguém", refere.

Na sua opinião, os pais deviam usar o tempo disponível para "transmitir aos filhos a cultura lúdica do seu tempo de meninice, do tempo em que era pela mão do Menino Jesus que a prenda - uma única prenda e nem sempre um brinquedo - era colocada com ternura no sapatinho, que num cantinho da lareira colocávamos quando a festa da consoada terminava e todos recolhíamos aos quartos para dormir".

"O tempo de brincar e do jogo tem-se tornado um tempo de consumo e de trabalho." Maria José Araújo, investigadora do Centro de Investigação e Intervenção Educativa da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto e autora do livro Crianças Ocupadas, sublinha, em primeiro lugar, que "o consumo é uma actividade colectiva que não afecta especialmente as crianças, mas todos nós". "Os brinquedos e os jogos são, seguramente, um dos sectores de maior consumo e assim são tratados como produtos. As crianças são seduzidas por uma grande máquina de marketing comercial e, nesse sentido, os brinquedos têm vindo a ser desvalorizados pelos adultos que os consideram objectos de consumo, fúteis e desnecessários. São apresentados às crianças como objectos com funções específicas, desvalorizando-se a invenção e a fantasia", constata.

A investigadora admite que o assunto é complexo. Em seu entender, os brinquedos passaram a ser desvalorizados enquanto objectos de interesse cultural. "As crianças, aliás, são consumidoras mas também produtoras, pois ajudam a promover os produtos participando quase sempre em todas as campanhas de promoção." É preciso, portanto, atenção na hora de comprar. "Os pais e encarregados de educação não são consumidores passivos, são actores conscientes. Mas, muitas vezes, compram, sem saber bem porquê, objectos da moda porque os filhos pedem ou simplesmente porque é Natal."

Educar para a cidadania
Manuela Sousa é professora do 1.º ciclo e considera que a perda de valores é uma das principais consequências do consumismo atribuído às crianças. "Já não reconhecem um brinquedo manual como brinquedo. Aliás, ficam muito admiradas para a utilidade do objecto. Acham-se no direito de ter tudo a custo zero. Tornam-se crianças desinteressadas", refere. Por isso, é necessário educar para a cidadania. "Mostrar que há sempre quem precise mais do que nós, que na vida há que diferenciar o essencial do acessório, doar e participar em associações de solidariedade." Outra sugestão passa por trabalhar com materiais reciclados para construir brinquedos e objectos de decoração.

A professora observa o que se passa nesta época e não só. "Quem oferece demonstra uma obrigação de oferecer muito, principalmente em quantidade, provavelmente de modo a colmatar a ausência. Estas ofertas já não se verificam apenas nesta quadra natalícia, mas ao longo do ano. Tenho ainda verificado que, para além da quantidade nas ofertas, estas também são escolhidas em função do preço: quanto mais caras, melhores!" Em seu entender, é importante que pais e filhos conversem sobre os presentes, de forma a seleccionar apenas um. "Será, na minha opinião, benéfico a criança construir os presentes que oferece, como também receber presentes feitos por quem oferece. É importante consciencializar todos os membros da família nessa 'partilha construída' e dar-lhe mais valor. E iniciar essa tarefa desde tenra idade: oferecer um desenho, oferecer um postal (desenho e escrita), oferecer uma pequena história em livro construída pelo próprio, oferecer prendas com material reciclado."

António Gomes tem um filho de 13 anos. "Só poderemos contrariar a tendência do excesso se conseguirmos 'estruturar' a criança, explicando-lhe que o conceito de prenda deve ser visto como prémio e não como algo que se dá porque se quer." Na sua opinião, só uma alteração profunda na sociedade poderá mudar o actual cenário. "Nos dias de hoje, as crianças são consideradas um alvo preferencial para o marketing. Efectivamente uma criança é um potencial consumidor no futuro. E há ainda a pressão dos media, a apresentação de anúncios apelativos que são, na maioria das vezes, manipulados para propiciarem experiências interessantes, que estimulem a procura e o interesse por ter um brinquedo ou outro objecto".

Passou-se do oito para o oitenta. Para António Gomes, os mais pequenos não valorizam as conquistas e as dificuldades porque os pais usam o argumento de não quererem que os filhos passem pelos mesmos obstáculos de quando eram mais novos. E isso reflecte-se na hora de comprar. Muito exagero nas compras de Natal? "De uma forma geral, sim, sem que haja, na maioria da vezes, o conceito da utilidade. Por vezes, os parentes mais directos acabam por contribuir para esse 'exagero'". No Natal, António Gomes procura dar prendas úteis e que tenham um significado. "Que sejam vistas também como prémio pelo trabalho e pelo empenho dos filhos."

Sara R. Oliveira| 2009-12-18
no sítio: http://www.educare.pt

domingo, dezembro 20, 2009

3ª fase do Prise / Prosel 2010 - Uepa

Confira a prova aqui

E aqui o gabarito.

Multiculturalismo - algumas considerações

Surgiu na segunda metade do século XX, voltado para a educação, sobretudo na perspectiva de projetos pedagógicos.

O termo é bastante complexo, polissêmico, empregado para designar a composição de uma sociedade por inúmeras culturas, levantando a existência da pluridade cultural, tais como saberes, raças, gênero, religiões... Por outro lado também é empregado para designar políticas, sejam através de ações públicas, sejam pela sociedade civil no sentido de garantir os direitos dos cidadãos.

Na Sociologia podemos utilizar o conceito para analisar a realidade social. No conteúdo programático do 2º ano do Ensino Médio focamos nossa análise no Multiculturalismo crítico (são vários os tipos defendidos por Stuart Hall), discutindo a formação das identidades - cuja essência não é vista como acabada -, das diferenças, desafiando os preconceitos, analisando a construção de discursos no processo histórico sempre no combate à visão etnocêntrica, aos estereótipos, à intolerância.

Nossa proposta pedagógica é de exercitar uma cidadania crítica e democrática.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Ministro diz que Brasil requer modelo educacional inclusivo

16 de dezembro de 2009 • 12h06 • atualizado às 12h45

A realização da 8ª Conferência Nacional sobre os Direitos Humanos na semana passada, em Brasília, mostrou a necessidade de se criar um novo modelo educacional, segundo o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi. De acordo com ele, essa forma alternativa deve desenvolver as potencialidades do jovens para mantê-los longe da criminalidade.

Ao falar sobre o assunto, Vannuchi lembrou que o encontro, com a participação de duas mil pessoas, deu oportunidade a crianças de escolas do Distrito Federal exercitar a cidadania, ao simularem ocupar cargos como os de prefeito e vereador.

"Precisamos de uma política nacional que sobreviva a eventuais mudanças eleitorais que possam ocorrer no próximo ano, nos planos federal, estadual ou municipal. Isso é importante para que tenha continuidade o trabalho de proteção de crianças e adolescentes contra a violência e a exclusão", disse ao participar do programa Bom Dia Ministro.

Segundo o ministro, o Brasil mantém cooperação com países de fronteira e deverá expandir acordos para aumentar a proteção da criança contra o tráfico e as redes de exploração sexual na América do Sul. A ideia é que haja interação de programas envolvendo a inserção escolar e a melhoria da infraestrutura das escolas e da merenda.

Vannuchi destacou que, apesar de o país ter tido melhoras na área social nos últimos anos, não se pode ainda comemorar avanços em relação à educação e à proteção de crianças e adolescentes. "Por isso é preciso trabalhar muito ainda nessa área."

Agência Brasil
no endereço: http://www.noticias.terra.com.br

sábado, dezembro 12, 2009

Premiação NAVEGATube

Parabéns ao aluno Paulo Rafael Sá da Turma M1TJ02 - Tarde, pela premiação bem como pelo tema escolhido.

Muito bem, Rafael! . Agora referimo-me ao que você escreveu na sua 3ª Avaliação de Sociologia para confirmar que certamente todo o processo para a elaboração do vídeo que lhe proporcionou a 3ª classificação é socialização, sem dúvida. E, a Escola, é um agente significativo nesse processo.

Vamos conferir o vídeo?

http://www.navegatube.pa.gov.br/videos/516/escola-vilhena-alves

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Dia do Sociólogo

11 12 2009

A deputada Teresa Leitão, do PT, registrou, nesta quinta (dez de dezembro), a passagem do Dia do Sociólogo. A parlamentar lembrou que o estudo da Sociologia voltou a ser adotado nas escolas de ensino médio do país após a Lei de Diretrizes de Bases da Educação. Segundo a deputada, a disciplina é de suma importância para o conhecimento da realidade. Teresa informou que, durante o Dia do Sociólogo, são feitas inúmeras homenagens ao professor Florestan Fernandes. Além de ter sido eleito duas vezes deputado federal pelo PT, ele foi um dos grandes sociólogos do país. De acordo com Teresa, os estudos de Florestan contribuíram com a explicação dos fatos e das desigualdades sociais. (F.M.)

Fonte: http://dialogospoliticos.wordpress.com

UEPA - DAA alerta candidatos sobre documentação para a 3ª fase

A identificação dos candidatos inscritos para a 3ª fase nos Processos Seletivos 2010 a realizar-se no dia 20 de dezembro de 2009, será aceita SOMENTE conforme citado nos editais 51/2008 e 34/2009.

Leia a notícia na íntegra:

http://www2.uepa.br/uepa_site/ascom/ler_detalhe.php?id_noticia=1860168

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Renda familiar influencia o acesso à educação, mostra estudo

Um relatório do Movimento Todos pela Educação, divulgado nesta quarta-feira, mostra que a renda familiar tem influência direta no acesso da criança à escola.

Em 2008, 90,4% das crianças e dos jovens entre 4 e 17 anos estavam na escola no Brasil. Entretanto, entre as famílias que se declaram sem rendimento, ou seja, que sobrevivem de serviços temporários ou doações, a taxa de atendimento cai para 81%. Entre as famílias com renda mensal de cinco salários mínimos ou mais, 97% da população nessa faixa etária frequentam a escola.

O documento, divulgado nesta quarta-feira, analisa a taxa de atendimento da população de 4 a 17 anos, além dos percentuais de conclusão do ensino fundamental e médio entre os jovens. Segundo o relatório, o país não conseguiu atingir a meta de acesso para 2008, que previa que 91,9% da população nessa faixa etária estivesse na escola. O percentual verificado foi de 90,4%. Para 2022, a meta é chegar a 98%. Entre os estados, só a Bahia conseguiu superar a meta estabelecida para o ano passado, atingindo o percentual de 92,5% de crianças e jovens na escola.

O presidente executivo do Movimento Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos, destaca que a aprovação em 2009 da proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece o ensino médio (dos 15 aos 17 anos) e a pré-escola (dos 4 aos 5 anos) como etapas obrigatórias deve aumentar os números nos próximos anos. O atendimento escolar entre 7 e 14 anos, faixa etária para a qual hoje o ensino é obrigatório, já foi universalizado.

"Se por um lado conseguimos universalizar a matrícula de 7 a 14 anos, na pré-escola ainda é preciso fazer um grande esforço: ainda temos 15% de crianças não atendidas e essa é uma etapa muito importante para a qualidade da educação básica", afirma.

Além da renda, o local em que a criança mora e outros fatores influenciam o acesso ao ensino. Segundo o relatório, "o fato de a família residir em uma zona urbana aumenta em 3% a probabilidade de seus filhos estarem matriculados na escola". Se o pai está empregado, a chance de o filho ter atendimento escolar aumenta em 5,4%. "É preciso garantir uma atenção maior em termos de politica pública para essa população, um olhar diferenciado para essa criança", destaca Mozart Neves Ramos.

O Movimento Todos pela Educação reúne representantes da sociedade civil organizada e da iniciativa privada, educadores e gestores públicos de educação. A entidade monitora indicadores educacionais de acesso e qualidade a partir de cinco metas que devem ser atingidas até o bicentenário da Independência, em 2022: ampliação e melhoria da gestão dos investimentos em educação, garantia de que todas as crianças e jovens estejam na escola, sejam alfabetizados até os 8 anos, aprendam o que é adequado para a sua série e concluam cada etapa do ensino na idade correta.

Agência Brasil
no endereço: http://www.noticias.terra.com.br

UFPA anuncia o novo calendário do PSS 2010

09.12.2009 20:14

A Comissão Permanente de Processos Seletivos da UFPA (COPERPS) divulgou nesta quarta-feira, dia 09 de dezembro, o novo calendário do Processo Seletivo Seriado 2010 (PSS) da Universidade. A segunda etapa da seleção de candidatos indígenas, que aconteceria no próximo domingo, também foi adiada e acontecerá no mesmo dia da segunda fase do concurso, em janeiro. As novas datas não interferirão no calendário de aulas da Instituição.

A primeira fase do PSS será no dia 10 de janeiro. O segundo dia de provas está marcado para 24 de janeiro e a última prova acontecerá no dia 11 de fevereiro. A previsão é de que a lista de aprovados seja divulgada por volta do dia 27 de fevereiro. Os últimos dias do mês de dezembro serão dedicados a negociação de espaços para a realização das provas e para a organização do concurso. O edital do certame com todas as retificações será publicado no site do Centro de Processos Seletivos da UFPA (CEPS) até a próxima sexta-feira, dia 11.

Marlene Freitas, coordenadora da COPERPS e pró-reitora de ensino de graduação da Universidade (PROEG) explica que a realização da terceira fase num dia útil, uma quinta-feira, é uma exceção necessária para que o calendário acadêmico de 2010 seja mantido e para que as aulas para os veteranos iniciem no dia 1º de março. “Com os feriados de carnaval, se a última etapa do concurso acontecesse um pouco antes ou depois do dia 11 de fevereiro, os prazos para execução do processo seletivo e para a matrícula dos calouros poderiam ser prejudicados”, justifica.

Após a divulgação do resultado, os calouros precisam ser registrados como alunos da Universidade, por meio da habilitação ao vinculo institucional e, ainda, devem ser matriculados em suas Faculdades específicas. Todo este processo deve acontecer entre os dias 03 e 12 de março. “Por este motivo, oficialmente, as aulas para os calouros iniciam no dia 15 de março. Antes deste prazo, estarão acontecendo na Universidade a tradicional Semana do Calouro e os novos universitários já estarão participando dela”, assegura a pró-reitora.

A COPERPS informa ainda que todas as questões das três fases do concurso serão refeitas e que as bancas elaboradoras de prova serão revistas, porém, não necessariamente substituídas. A única exceção é a banca de Geografia, cujos antigos professores foram afastados e novos docentes foram nomeados no final de novembro. Por sua vez, as sindicâncias internas que apuram os problemas que aconteceram na realização da primeira fase do certame continuam em andamento, bem como as apurações da Polícia Federal, que investiga o caso a pedido da reitoria da Universidade.

Do total de 50.436 candidatos inscritos no Processo, 47.707 estão inscritos para participar da primeira fase do concurso. Com a anulação da primeira prova aplicada, mesmo os 3.256 estudantes que faltaram no dia 22 de novembro poderão participar do PSS.

INDÍGENAS: A seleção de candidatos indígenas acontece paralelamente ao PSS 2010. A primeira fase baseada na análise de documentos, como o histórico escolar e comprovante de pertencimento a etnias indígenas, já foi concluída. A segunda etapa do concurso é composta por uma redação e acontecerá no dia 24 de janeiro. A última etapa será uma entrevista individual com os candidatos e acontecerá no mês de fevereiro.

Texto: Glauce Monteiro – Assessoria de Comunicação da UFPA
no endereço: http://www.ufpa.br
Os grifos são meus.

terça-feira, dezembro 08, 2009

Conferência de Copenhague também envolve direitos humanos

Eventos climáticos poderão expulsar até 1 bi de pessoas de casa nos próximos 40 anos

O número de pessoas afetadas por catástrofes naturais, mais do que duplicou, nos últimos anos, em todo o mundo. Um estudo da Organização Internacional para as Migrações, lançado no segundo dia da conferência sobre mudanças climáticas, em Copenhague, estima que entre 25 milhões e 1 bilhão de pessoas poderão ser expulsas de suas casas durante as próximas quatro décadas, mas apenas parte desses ‘refugiados do clima' seriam capazes de deixar os seus países devido à falta de meios e capacidade de viajar para lugares mais ricos.

"Em geral, os países esperam para gerir a migração, com exceção dos pequenos países insulares", afirma o relatório. Os países com maior potencial futuro para a migração internacional são, entre outros, Afeganistão, Bangladesh, a maioria da América Central, Oeste Africano e vários países do Sudeste Asiático. Estes países têm altas taxas de emigração, enfrentam desafios socioeconômicos, e cujas experiências climáticas significativas prenunciam início lento de desastres relacionados que terão impacto sobre questões como segurança alimentar.

O estudo ressalta que a falta de dados sobre migrações e alterações climáticas e degradação ambiental são obstáculos para o planejamento futuro. Cerca de 20 relatores especiais das Nações Unidas afirmaram, antes da conferência, que ali seriam discutidos também direitos humanos. "Um resultado frágil nas negociações sobre a mudança climática seria uma séria ameaça aos direitos humanos", diz o texto dos relatores. "O aumento do nível do mar, o aumento da temperatura do oceano e os eventos meteorológicos extremos têm e seguirão tendo envolvimento direto e indireto nos direitos humanos", acrescentou o documento.

Os analistas pediram aos participantes da cúpula de Copenhague para que seja alcançado um acordo para prevenir mais alterações, proteger os indivíduos já afetados pela mudança climática e adotar planos de adaptação e redução que levem em consideração à legislação internacional sobre os direitos humanos.

Fonte: http://www.portalodm.com.br

Acompanhe todas as notícias da Conferência no Portal à lateral direita.

MPF apóia anulação do vestibular da UFPA

O Ministério Público Federal concordou com a anulação da primeira fase do vestibular da Universidade Federal do Pará. A decisão foi tomada após uma reunião pela manhã, na sede da Procuradoria da República no Pará, em que novos fatos sugiram. O reitor Carlos Maneschy comunicou a anulação na tarde de hoje (07).

Novas informações apuradas pela Polícia Federal influíram na anulação: um dos servidores com acesso às provas tinha um sobrinho fazendo o vestibular, o que é irregular. Até agora está confirmada apenas a suspeita de que algumas questões da prova foram plagiadas de outros vestibulares, mas a possibilidade de vazamento não pode ser descartada.

Para o procurador Alan Rogério Mansur Silva, responsável pelo caso, a decisão é acertada e demonstra o compromisso da instituição com a lisura do processo seletivo. - A UFPA tem demonstrado interesse em esclarecer os fatos e encaminhou, até agora, todas as documentações que solicitamos, declarou. O MPF acompanha a situação desde que começaram as denúncias de plágio e vazamento das questões de geografia.

Antes mesmo das informações da PF, a manutenção do calendário de provas estava comprometida por uma decisão judicial, exarada na última sexta-feira (04) pela 5ª Vara da Justiça Federal em um mandado de segurança, que ordenou a realização de uma nova prova de geografia. - Com esses fatos novos, concordamos que é melhor reiniciar o processo do zero, disse o procurador Alan Mansur.

A realização de um novo vestibular não interfere nas investigações do MPF, que continuarão até que se comprovem as causas e se identifiquem os responsáveis pelas irregularidades. Os acusados deverão ser processados civil e administrativamente pelos danos provocados.

(Diário Online/ Ascom Procuradoria da República no Pará) - 07 de dezembro de 2009 no endereço: http://www.diariodopara.com.br

segunda-feira, dezembro 07, 2009

UFPA anula primeira fase do Processo Seletivo Seriado 2010

A Comissão Permanente de Processos Seletivos da Universidade Federal do Pará (COPERPS) decidiu, nesta segunda-feira, 07 de dezembro, anular a primeira fase do Processo Seletivo Seriado 2010 (PSS), realizada no último dia 22 de novembro. O novo calendário de provas ainda não foi definido, mas a segunda fase, que seria neste domingo, dia 13 de dezembro, foi adiada. A COPERPS informa, ainda, que as inscrições para o concurso não serão reabertas.

O reitor da Universidade, Carlos Maneschy, explicou que o posicionamento da UFPA sobre a primeira fase do PSS 2010 seria alterado apenas diante de uma decisão judicial ou do surgimento de um fato novo. Os dois motivos que levaram a esta decisão foram uma liminar da Justiça Federal e o resultado de investigações da Polícia Federal.

A investigação da Polícia Federal sobre os problemas relacionados com a primeira fase do PSS 2010 iniciou a pedido do reitor da Instituição e revelou que um integrante do Centro de Processos Seletivos (CEPS), o qual tinha acesso à prova, possui um sobrinho inscrito no concurso, indo de encontro às regras da Instituição. Como o servidor da Universidade tinha acesso ao conteúdo de toda a prova, a comissão decidiu refazer totalmente a primeira etapa do concurso, em vez de refazer apenas a avaliação de Geografia, conforme determinação da Justiça Federal.

“Para evitar que situações como esta voltem a acontecer, a COPERPS irá elaborar novas regras sobre a realização de concursos na Universidade a serem adotadas, ainda, no PSS 2010 e vamos contar com a colaboração da Polícia Federal neste sentido”, garantiu Carlos Maneschy.

A COPERPS irá discutir os detalhes operacionais da decisão, como as datas e os locais de prova, mas adianta que todos os candidatos inscritos no concurso realizarão as provas do certame 2010 de acordo com as inscrições já efetuadas e tão logo o novo calendário de provas seja definido, haverá ampla divulgação.

Do total de 50.436 candidatos inscritos no Processo, 47.707 estão inscritos para participar da primeira fase do concurso. A Coordenadora da COPERPS e pró-reitora de Ensino de Graduação da Universidade, Marlene Freitas, assegura que o adiamento do concurso não interferirá no início das aulas, marcado para o dia 1º de março.

Texto: Assessoria de Comunicação da UFPA
Endereço: http://www.portal.ufpa.br
Os grifos são meus.

domingo, dezembro 06, 2009

Turmas de 2º ano

Atenção Turmas do 2º ano das Escolas Dr. Freitas, Deodoro de Mendonça e Vilhena Alves!

Além dos textos aqui postados, faço sugestão de livro que trata do termo "pedofilização":

Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação‎ - Página 56
GUACIRA LOPES LOURO

Entrega da tarefa para a 4ª avaliação: período de 14 a 28 de dezembro de 2009.

ENEM / 2009 - Provas e Gabaritos

Acesse o endereço:

http://gabarito.enem.inep.gov.br/

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Culto à erotização estimula sexualidade precoce e pedofilia

Atenção Turmas do 2º ano!

Leitura complementar:

Ao mesmo tempo em que acelera fases do desenvolvimento infantil, o forte apelo sensual na publicidade, novelas, músicas e outros produtos culturais torna, ainda que de forma camuflada, o abuso de crianças uma prática social aceitável.
A mesma sociedade que condena, com toda razão, os terríveis crimes envolvendo a pedofilia – abusos sexuais contra crianças – também promove de forma mecânica e maciça uma cultura que valoriza a erotização precoce dos pequenos e faz disso uma fórmula imbatível para vender produtos, criar moda, influenciar pessoas e, principalmente, acumular muito dinheiro. Seja nos anúncios publicitários, nas novelas, programas de auditório, publicações ou em músicas, a sexualidade exacerbada está presente no dia-a-dia de todos no Brasil e é considerada como algo para se ter orgulho. Bombardeadas por estas informações, muitas crianças têm o seu desenvolvimento afetado, atropelam fases importantes da vida e acabam transformadas em miniadultos.

Para a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Jane Felipe, especialista em educação infantil, a sociedade vive hoje um momento de “pedofilização”, ou seja, a pedofilia como prática social contemporânea e, de uma forma camuflada, aceitável.
“A mesma sociedade que promove leis justas de proteção às crianças e adolescentes também ajuda a projetar pela mídia um desejo cada vez maior pelo corpo, na maioria dos casos, feminino. A mulher, para conquistar espaço, precisa ser desejável”, afirma Jane. “Na cultura brasileira, existe um imenso culto à erotização. O que acontece é uma busca pela combinação entre a ingenuidade quase infantil e o desejo extremo. Isso captura homens, mulheres e também tem afetado a subjetividade das crianças, que tem se mostrado muito preocupadas com a estética. Conheço meninas de 4 e 5 anos que só querem comer alface ou rejeitam certos modelos de roupas.
Tudo para não parecerem gordas ou distantes das imagens propagadas pela TV e copiadas pelas amiguinhas”, completa a especialista.

A médica sexóloga Nilva Ferreira Pereira concorda que existe uma incoerência no comportamento da sociedade, mas faz algumas ressalvas em relação à questão sexual.
“Não existe sexualidade precoce, ela nasce junto com o indivíduo. No caso das crianças, o sexo não é focalizado no genital, não há objeto do desejo definido. O que existe é a descoberta corporal, a exploração saudável e normal”, explica. “O problema é que a erotização adulta está chegando cada vez mais cedo. As crianças não estão se desenvolvendo em suas etapas normais. Está havendo um atropelo. Deveríamos tratar crianças como crianças, para que elas consigam amadurecer no tempo delas”, acrescenta Nilva.

Tanto para a professora quanto para a médica sexóloga, o passo mais importante para mudar o processo de erotização da infância seria transformar a escola em um local de debate sobre este tema. Os educadores poderiam cumprir o seu papel de questionar o atual funcionamento da sociedade e, com a ajuda e a opinião dos próprios jovens, encontrar caminhos mais adequados para que todos tenham consciência da realidade que estão vivendo.
“As crianças também precisam ter a noção de domínio do próprio corpo e saber que ninguém pode mexer com elas sem que queiram. Sem fazer terrorismo, os pais e a escola poderiam dar estas orientações, além de alertar sobre a importância de que, caso algo de errado aconteça, a criança tem um adulto de confiança para contar o que houve e não fique apenas presa ao medo ou à confusão”, indica Nilva. “Com uma sociedade onde o apelo visual reina e as crianças se transformam em consumidores vorazes, podemos esperar que as próximas gerações carreguem um vazio existencial e uma frustração muito grandes. Além do vazio do bolso, é claro”, comenta a sexóloga, sem deixar a ironia de lado.

Além de pais e professores, os próprios veículos comunicadores precisam iniciar um processo de conscientização. De acordo com Dulce Adorno, doutora em Ciências Sociais Aplicadas com a tese Interferência da TV no Comportamento dos Adolescentes, a mídia desenvolve precocemente a sexualidade infantil e, ao mesmo tempo, não forma os adultos para lidar com isso. “Existe uma falha na educação. A TV é uma referência na vida das pessoas e é preciso um maior controle sobre o que é veiculado. Nada de censura, mas que as pessoas responsáveis por este setor tenham a preocupação de oferecer um produto mais sério e comprometido com o desenvolvimento dos jovens”, analisa.

O professor de Comunicação Publicitária e Marketing da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Claudine Luiz Pessoto, admite que as propagandas e programas de televisão forçam uma antecipação no amadurecimento das crianças. Meninas de 5 anos vestidas como se tivessem 20 ou meninos recém-saídos das fraldas querendo mostrar virilidade são fáceis de serem encontrados hoje em dia. Até mesmo alguns pais enaltecem este comportamento, orgulhosos da “esperteza” dos filhotes.
“Se uma menina não tem um adereço ou uma roupa da moda, ela não se sente integrada ao grupo. O bombardeio de informações desperta o interesse precoce. As escolas deveriam encarar esses problemas e discuti-los até mesmo em sala de aula”, reforça Pessoto.

O importante desafio de esclarecer e orientar quem ainda está começando a viver também é lembrado pela professora Cláudia Ribeiro, da Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais, que tem mestrado e doutorado em Sexualidade Infantil pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “A criança é um ser erótico, mas diferente do adulto. O que a mídia tem feito é estimular o prazer passando por cima das fases de desenvolvimento dos jovens. Cabe aos professores a consciência de trabalhar com estes temas, respeitando o jeito que cada criança tem de enxergar o mundo”, diz.

Sinais de alerta
Indícios que podem ser observados nas crianças e adolescentes vítimas de abuso ou exploração sexual:

Comportamento arredio em casa e na escola;
Irritabilidade e choro com freqüência;
Momentos de silêncio total;
Dificuldade de se relacionar com outras pessoas;
Medo de sair de casa;
Receio de ficar sozinha com determinada pessoa dentro de casa, seja ele pai, tio ou qualquer outro conhecido.

Fonte: Fábio Gallacci – Correio Popular – SP
no endereço: http://diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com
Os grifos são meus.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Pedofilização

Atenção Turmas do 2º ano!

Dando continuidade acerca do conteúdo Pedofilia, abaixo está o texto de Jane Felipe de Souza , que é a continuação da postagem anterior, com algumas rupturas:

Pedofilização como prática social contemporânea

O conceito de pedofilização tem sido por mim utilizado no intuito de pontuar as contradições existentes na sociedade atual, que busca criar leis e sistemas de proteção à infância e adolescência contra a violência /abuso sexual, mas ao mesmo tempo legitima determinadas práticas sociais contemporâneas, seja através da mídia – publicidade, novelas, programas
humorísticos –, seja por intermédio de músicas, filmes, etc., onde os corpos infanto-juvenis são acionados de forma extremamente sedutora. São corpos desejáveis que misturam em suas expressões gestos, roupas e falas, modos de ser e de se comportar bastante erotizados.

Estudos divulgados pela Universidade da Califórnia mostram que dois terços dos programas de entretenimento dirigidos a crianças e adolescentes contém piadas pornográficas ou fazem referência a sexo. As propagandas, tanto impressas quanto as veiculadas na TV, se utilizam fartamente do recurso de exibição dos corpos femininos com forte apelo erótico. Propagandas de cervejas, de carros, de calçados, dentre tantas outras, remetem a idéia de um corpo para o consumo, que pode ser acionado para o deleite de fantasias sexuais, especialmente as masculinas. Como é possível perceber, o corpo erotizado é constantemente colocado em discurso através de diferentes artefatos culturais, produzindo assim o que chamamos de pedagogias da sexualidade. Um dos artefatos mais importantes na atualidade que tem ampliado significativamente seu campo de ação no que tange a espetacularização da sexualidade é a música. Enquanto artefatos culturais, as músicas estão a nos dizer uma série de coisas, indicando-nos modos de ser e sentir, constituindo-nos como sujeitos. Elas expressam concepções de mundo de uma época, de uma determinada cultura. Elas evidenciam, entre outras coisas, formas de representar homens e mulheres e suas relações afetivosexuais. Dessa forma, a música sempre educa e produz conhecimentos.

Recentemente, as músicas de estilo funk ganharam destaque nacional, acionando um repertório repleto de referências explícitas ao exercício da sexualidade. Não quero dizer com isso que esse estilo musical tenha inaugurado o tema, pois as músicas, nos seus mais variados estilos e épocas sempre se reportam, de um modo ou de outro, a temas em torno da sexualidade, algumas de forma mais sutil, outras de forma explícita. Não pretendo aqui discutir a questão do ponto de vista moral, mas trazer algumas reflexões acerca das representações de gênero e sexualidade que essas músicas, bem como outros artefatos culturais acionam. Tais músicas, amplamente veiculadas nas rádios, nos bailes e na TV, fazem muito sucesso entre jovens (e também entre as crianças), de modo que na escola, nos momentos de recreio, é comum vermos grupos de meninas dançando as coreografias dessas músicas. No caso do funk, as letras se caracterizam pela referência explícita a práticas sexuais, sem rodeios ou sutilezas, remetendo a um mero exercício sexual, onde os órgãos genitais são mencionados, atos sexuais em suas mais variadas formas são proclamados, acompanhadas de coreografias sensuais, que remetem à exibição dos corpos femininos. Trata-se de uma sexualidade explícita, sem pudores, nem rodeios. O amor e a paixão, temas tão recorrentes nas canções de décadas passadas (não significa que hoje as músicas não se refiram a esse tema), cedem lugar ou pelo menos parecem disputar espaço com músicas que proclamam práticas sexuais. Essas músicas, associadas a outras produções da cultura visual, talvez possam acender um interessante debate sobre os limites do que pode ou não ser considerado hoje como erotismo, pornografia e obscenidade.

Outro ponto interessante refere-se à estreita relação entre pedofilização e consumo, uma vez que nos contextos atuais, as crianças têm sido descobertas como consumidoras exigentes, ao mesmo tempo em que se transformam em objetos a serem consumidos, desejados, admirados. É possível observar a grande quantidade de programas de TV que investem cada vez mais em quadros específicos para crianças, onde elas são entrevistadas, cantam, dançam, representam, inspiradas /os quase sempre em astros nacionais e internacionais. As meninas, especialmente, procuram imitar mulheres adultas muito sensuais e, por vezes, os
próprios apresentadores do programa se dirigem a elas de modo erotizado, mesmo sendo crianças.

Outra importante dimensão do conceito de pedofilização pode ser encontrada em revistas dirigidas ao público masculino heterossexual, na medida em que as jovens e belas modelos, que aparecem em muitos dos ensaios sensuais e pornográficos veiculados por essas revistas, utilizam-se de elementos infantis, como bichinhos de pelúcia, roupas de colegial, etc. A própria aparência das modelos (mesmo sendo maiores de idade), remete-nos às feições de meninas pré-adolescentes, associada a essa mistura de ingenuidade e sedução. Nesse movimento, temos, portanto, o consumo dos corpos infantis por um lado, por outro, imagens de mulheres adultas vestidas e posicionadas como menininhas. O que se pode problematizar diante dessas questões, certamente, é um complexo emaranhado discursivo no qual as crianças e os significados da infância se encontram atualmente.

Fonte: http://www.scielo.br/pdf/cpa/n26/30391.pdf

Dicas para o Enem

Atendendo solicitações sobre questões que contemplem os conteúdos ensinados também na disciplina Sociologia, faço uma relação com as dicas do Prof. Tadeu Terra (veja postagem anterior) para sugerir algumas leituras.

Sobre o Estatuto da Igualdade Racial , no endereço:

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1301785-5598,00.html

Sobre o Movimento Negro no Brasil:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Negro

As Manifestações culturais x população negra:

http://www.comciencia.br/reportagens/negros/09.shtml

Contribuições índígenas para a cultura brasileira:

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/indios-brasileiros/contribuicoes-indigenas.php

A arte indígena:

http://www.historiadaarte.com.br/arteindigena.html

Sobre Cidadania:

http://www.espacoacademico.com.br/003/03col_cris.htm

Sobre Estado:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado

Movimentos Sociais:

http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=3250

Confira temas infalíveis para as provas do 1º dia do Enem

02 de dezembro de 2009 • 09h39

As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2009 foram criadas a partir das orientações curriculares previstas para o ensino médio, que estão estruturadas em quatro áreas do conhecimento: Ciências Humanas e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Por isso, o exame será constituído por quatro provas, divididas em dois dias. As provas de Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias ocorrerão no primeiro dia e as outras duas, além da prova de redação, acontecem no segundo.

Este ano, os candidatos deverão, mais do que nunca, exercitar o seu poder de reflexão e se esforçar para garantir a sua vaga na universidade selecionada. Para ajudar o candidato a se sair bem nas provas, Tadeu Terra, professor do Sistema COC de Ensino, oferece alguns temas infalíveis em cada área. Confira as dicas do professor para as provas do primeiro dia, sábado, 05 de dezembro.

Ciências Humanas e suas Tecnologias
- Fique atento a temas atuais que envolvam a questão do negro e do índio, sua contribuição cultural e relação histórica
- Estude sobre a evolução do conceito de Estado e cidadania ao longo da história
- Leia sobre os movimentos sociais, seu papel e importância ao longo da história

Ciências da Natureza e suas Tecnologias
- A questão energética, fontes de energia, efeitos no meio ambiente e o crescimento sustentável, são temas certos nesta prova
- As novidades e descobertas envolvendo células- tronco, reprodução assistida e aprimoramento genético
- O clima e aquecimento global serão tratados a partir de informações sobre emissão de gases e consequente poluição ambiental

Redação Terra
no endereço: http://www.noticias.terra.com.br
Os grifos são meus.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Modos de produção

Atenção Turmas do 1º ano!

Os textos sugeridos nos endereços abaixo fazem parte da leitura complementar para a Teoria de Karl Marx, bem como para ajudar na pesquisa referente à 1ª tarefa para a 4ª avaliação:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_de_produ%C3%A7%C3%A3o

http://www.mundoeducacao.com.br/sociologia/modos-producao-precapitalistas.htm

http://www.renascebrasil.com.br/f_capitalismo2.htm

http://dicionario.babylon.com/modo%20de%20produ%C3%A7%C3%A3o%20capitalista

http://www.portalbrasil.net/2006/colunas/politica/abril_01.htm

Data final para entrega: 16 de dezembro de 2009 para a Turma D - Escola Dr. Freitas.

21 de dezembro de 2009 para a Turma C -
Escola Dr. Freitas.

14 a 18 de dezembro para as Turmas 102, 104, 105 e 107 - Escola Deodoro de Mendonça.

Lembro aos alunos que à medida que forem pesquisando e elaborando a tarefa, deverão levar à sala de aula para orientação da professora.

Os livros também são fonte de consulta.

Não esqueçam de citar as fontes de pesquisa. Bom trabalho!

Consulta de notas - PSS / 2010 - UFPA

Referentes à 1ª fase:

https://www2.ceps.ufpa.br/pss2010/entrada/

PSS 2010 - Média e Desvio Padrão da 1ª Fase

Consulte no endereço:

http://www.ceps.ufpa.br/daves/PSS2010/Fase%201/MediaDesvioFase1.html

Resultado da 1ª fase do PSS / 2010 - UFPA

Confira aqui

UFRA - Processo Seletivo 2010

Mais informações aqui