por Lúcio Reis
Quando o mar de mim se aproximar
Lento, rolando sobre a areia alva sem cansar
E ao perceber meus pés os contornar
Passarei a desconfiar ser poesia o meu cantar.
Se por acaso em alguma noite de luar
Mesmo desconfiado, ver a dama a me piscar
Jogando-me seu charme a me conquistar
Quem sabe, principie a crer ser poesia o meu rabiscar.
E se em alguma dessas futuras auroras brilhantes
O astro rei pela fresta da janela com raios ofuscantes
Brincar de cegar-me, em brincadeira inquietante
Dar-me-á o questionar: ser eu poeta em algum instante?
Mas, ao caminhar sob torrenciais chuvas, com trovoadas
Estando deverás distante das pessoas amadas
E não permitir da lembrança serem elas lavadas
Concluirei: sou poeta e, compor-lhes-ei com amor trovas bem versadas.
E a cada dia do poeta, transbordando de emoção
Outros muitos poemas verterão do coração
A cantar com sentimento, toda minha paixão
Doando-lhes o firmamento e jardins em cada mão.
Belém do Pará
20/10/13
Recebida por e-mail, do próprio autor.
Postada por iniciativa da blogueira.
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