sexta-feira, julho 10, 2009

Verão / câncer de pele

Em julho, os cuidados com a pele precisam ser diários, mesmo quando não se vai à praia ou à piscina. O câncer de pele atinge mais de 100 mil pessoas todos os anos no Brasil.

Verão, sol, férias, praia, piscina... Essas simples atividades de lazer exigem muito cuidado com a pele. Em julho, a incidência de raios solares é maior e a proteção da pele contra a radiação e agentes químicos e infecciosos é fundamental para a qualidade da saúde e para a prevenção de doenças graves, como o câncer de pele. Exposições moderadas ao sol, nas primeiras horas da manhã e nas últimas horas da tarde, são uma prática saudável.

A dermatologista Maria Amélia Lopes dos Santos recomenda um conjunto de medidas para prevenir a pele contra a ação dos raios solares. “O uso de chapéus de preferência de abas largas, camisetas e se manter sempre na sombra em barracas ou guarda-sol, e ainda usar óculos escuros com lentes anti-radiação ultravioleta e principalmente, a aplicação de fotoprotetores em áreas expostas, como orelhas e lábios”, explica.

Os cuidados com a pele durante esse período precisam ser diários, mesmo quando não se vai à praia ou à piscina. Portanto, produtos com protetor solar são necessários e ajudam a manter a pele saudável. O horário menos perigoso para a exposição ao sol é entre 7 e 9 horas e após às 16 horas, quando há pouca radiação ultravioleta. Contudo, isso não quer dizer que não sejam necessárias medidas preventivas.
“Os fotoprotetores mais adequados são aqueles cujo fator de proteção é de 30 ou mais, que tenham substâncias químicas na fórmula com poder de proteção para radiação UVB e UVA e que sejam resistentes à água. Vale lembrar que em todos os tipos de pele, recomenda-se fazer a fotoproteção, mas especialmente indivíduos de cor clara, que possuem menos proteção natural contra os raios solares”, detalha a médica.
A pele é o órgão mais extenso e externo do corpo humano. Por isso, está sujeito às constantes agressões do meio externo e muitas vezes sinaliza o mal funcionamento interno. A exposição solar excessiva leva à desidratação do organismo e a um quadro de insolação. Manter o organismo bem hidratado com ingestão de líquidos, de preferência a água, compensa as perdas de água pelo organismo com o calor e a transpiração.

Outra recomendação feita pela especialista é a respeito da baixa de imunidade que pode desencadear surtos de herpes simples (erupção com pequenas bolhas agrupadas e circunscritas pelo vírus do herpes), facilitando o aparecimento de doenças pré-existentes como lupus, rosácea, que pode provocar ainda quadros denominados de reações fototóxicas gerando vermelhidão e manchas, podem trazer danos a longo prazo à pele.
“A exposição constante da pele aos raios solares podem gerar dano celular que leva ao envelhecimento cutâneo, caracterizado pelo espessamento e enrugamento da pele, pelo surgimento de manchas claras em alguns pontos, de manchas escuras extensas na face e até de feridinhas e caroços ou nódulos, sem tendência à cura ou cicatrização, sugestivas de câncer cutâneo”, alerta Maria Amélia.

Dados

Estima-se que o câncer de pele atinge mais de 100 mil pessoas todos os anos no Brasil. O câncer de pele é o mais comum, embora não seja o mais letal. De acordo com dados revelados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Norte do país há uma proporção de 27 casos da doença para 100.000 homens, e 28 casos para cada 100 mil mulheres. Somente 35% da população do Estado do Pará tem o costume de usar filtro solar segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia - Regional Pará.

A maioria não tem informação e cuidado sobre a pele, ou não possuem condições financeiras de comprar filtros solares adequados. Embora seja um tipo de câncer menos freqüente, todos os anos são mais de 132 mil novos casos de melanoma no mundo, e em termos de prevalência seja cerca de 2,5%, como revelam dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Atendimento

A Universidade do Estado do Pará (UEPA) possui um ambulatório de dermatologia, no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), que funciona há 14 anos como projeto de extensão da disciplina de Dermatologia, do curso de graduação em Medicina. O ambulatório realiza atendimentos em todas as áreas da dermatologia clínica, pediátrica e cirúrgica, com a participação de professores e médicos colaboradores.

Com média de 700 a 750 atendimentos por mês, a UEPA em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza todos os anos no mês de dezembro, uma campanha de âmbito nacional de prevenção do câncer de pele. A campanha funciona com a colaboração voluntária dos professores da universidade e médicos especialistas filiados a SBD e alunos do 3º ano de medicina. Ano passado, foram realizados 720 exames, dos quais 12% apresentaram diagnósticos de câncer.

Fonte: portal da UEPA

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